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Expresso: OPA dos chineses à EDP negociada há meses

Os accionistas chineses, que controlam actualmente mais de 28% da EDP, lançaram uma OPA sobre a eléctrica oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros. Um prémio de 4,82% face ao valor de fecho da empresa esta sexta-feira.

Reuters
12 de Maio de 2018 às 11:37
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A compra da EDP pelos accionistas chineses está há meses a ser negociada com o Governo, revela o Expresso este sábado. As notícias do interesse espanhol na eléctrica terão dado início às conversações. O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês virá a Lisboa na próxima semana, enquanto Xi Jiping, o presidente, virá até ao final do ano.


De acordo com o Expresso, as negociações entre os accionistas chineses da eléctrica e o Governo começaram ainda em 2017, depois de terem surgido notícias que apontavam para um possível interesse espanhol na empresa portuguesa. Perante o cenário de uma fusão com a Gas Natural, a China Three Gorges (CTG), que é a maior accionista da EDP, terá revelado ao Executivo de António Costa o interesse de fazer da eléctrica a plataforma chinesa para todos os investimentos na área da energia para a Europa, Estados Unidos e Brasil.

 
Depois de meses de negociações, a oferta pública de aquisição (OPA) foi comunicada, esta sexta-feira à noite, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Mas, ainda antes de a oferta ser oficial, e já depois da notícia avançada pelo Expresso, o primeiro-ministro, António Costa revelou não ter reservas à operação.


"Não temos nenhuma reserva a opor", disse António Costa aos jornalistas. O primeiro-ministro lembrou que "as coisas têm corrido bem em Portugal" e os chineses "têm sido bons investidores", citando os exemplos da REN, EDP e "outros sectores". A chinesa CTG é a maior accionista da EDP, enquanto a State Grid controla a REN. A Fosun é o maior accionista do BCP, com 27% do capital, e controla 85% do capital da Fidelidade. Dados citados pelo Expresso revelam que, entre 2000 e 2017, o investimento total da China em Portugal superou os nove mil milhões de euros.

 


"Nós somos um país aberto. Não temos uma visão fechada", adiantou António Costa, afirmando que os investidores chineses "têm sido sempre muito respeitadores da legalidade do nosso país" e "têm tido sempre uma actuação correcta e empenhada e eu acho que o que importa é que os accionistas possam avaliar o projecto".

 


O primeiro-ministro acrescentou que "o governo não tem que ser informado do negócio", pois "a EDP é uma empresa privada" e "o Estado não tem nenhuma participação na empresa e por isso deixemos o mercado funcionar".

 


Ainda segundo a notícia do Expresso, no final da próxima semana, o conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, virá a Lisboa. Já Xi Jiping visitará o nosso país em Novembro, praticamente um ano depois de António Costa ter sido recebido em Pequim. 
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