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EDP Renováveis sobe mais de 2% e distancia-se do valor da OPA

As acções da cotada arrancaram a sessão desta segunda-feira com a maior subida desde o final de Março. Preço da OPA cada vez mais longe.

14 de Maio de 2018 às 09:12
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O preço oferecido pelos chineses na OPA à EDP Renováveis está a distanciar-se cada vez mais do valor bolsista. A cotada iniciou a sessão a valorizar 2,42% para os 8,035 euros, a maior valorização desde Março. A China Three Gorges (CTG) está obrigada a lançar uma OPA à Renováveis, tendo oferecido 7,33 euros por cada título. 

A CTG, que já detém mais de 23% do capital da EDP, também lançou uma OPA sobre a EDP Renováveis (controlada em 83% pelo grupo EDP), oferecendo 7,33 euros por cada acção, um valor abaixo da cotação de fecho de sexta-feira (7,845 euros). Esta distância alargou-se esta segunda-feira tendo a cotada superado os oito euros por acção. 

Para os analistas do BPI a estratégia dos chineses passa por adquirir o mínimo possível na OPA à EDP Renováveis. "Apesar de a oferta cumprir as exigências legais, acreditamos que a estratégia da China Three Gorges é adquirir a quantidade mínima possível de acções, como mostra o desconto substancial face ao fecho de sexta-feira", assinalam, referindo que probabilidade de sucesso é "baixa". 

A oferta avalia a empresa em 6,39 mil milhões de euros. Para comprar a posição na Renováveis que não é detida pela EDP e deter a totalidade da cotada, os investidores chineses terão de gastar 1,086 mil milhões de euros.

No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) é possível concluir que o preço oferecido é o mais baixo possível. No anúncio preliminar, a CTG salienta que "a contrapartida oferecida cumpre com os critérios estabelecidos no artigo 188.º do Código dos Valores Mobiliários, uma vez que" a oferente não adquiriu acções da EDP nos últimos seis meses e "é igual ao preço médio ponderado" das acções da EDPR nos últimos seis meses "arredondado para o cêntimo superior".

A CTG dizia ainda que tem como objectivo "manter a actividade" da EDP Renováveis, bem como o seu "carácter autónomo" e "orientação estratégica em relação ao negócio que desenvolve".

A oferta sobre a Renováveis está condicionada à aprovação por parte de uma série de reguladores, dos variados países onde a companhia portuguesa está presente. Por exemplo, a EDP Renováveis é a quarto maior produtor eólico nos Estados Unidos, país que também é o seu maior mercado, pelo que o presidente dos EUA, Donald Trump, terá uma palavra a dizer no negócio.
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