Notícia
Miguel Relvas às voltas com a RTP
Miguel Relvas é ministro-adjunto e ficou com o pelouro da comunicação social. A tutela da RTP é sua. Confira as posições que Miguel Relvas foi tendo sobre a RTP e o serviço público de televisão.
24 de Agosto de 2012 às 17:19
As intenções iniciais do Governo em relação ao futuro da RTP previam a alienação de um dos seus canais generalistas, ficando a outra licença na posse do Estado. O que se discute, hoje, depois das declarações de António Borges sobre o futuro modelo da RTP, é a concessão da RTP 1 a um operador privado e o encerramento do funcionamento da RTP 2. O consultor escolhido pelo Governo para trabalhar os processos de privatizações disse, ontem, em entrevista à TVI, considerar o modelo em questão atractivo porque permitiria que o canal se mantivesse nas mãos no Estado.
O pretendido, segundo o economista, é aliviar as despesas do Estado com a empresa. Sob a tutela do Governo de Pedro Passos Coelho, o primeiro plano de redução de custos da RTP foi anunciado, em Outubro de 2011, pela administração, com uma reestruturação colocada em marcha por Miguel Relvas, o ministro com a tutela da comunicação social. Entre a administração da empresa e o Governo ficou acordada uma redução de 80 milhões de euros nos custos operacionais até 2013. Em 2011 haviam sido de 260 milhões de euros.
No âmbito do plano de reestruturação, ficou também definida como meta a redução de 300 trabalhadores. "Este plano vai ser um sucesso porque conta com o apoio dos trabalhadores da RTP", afirmou em Novembro de 2011, no Parlamento, Miguel Relvas. Estando no horizonte a alienação de um dos canais da empresa de media até ao final de 2012, ficou acordado, ainda, que, até final de 2013, a RTP sofreria uma corte de 150 milhões de euros em fundos públicos.
Por outro lado, como adiantou em Julho o presidente da RTP, Guilherme Costa, ao Negócios, a empresa fechou o primeiro semestre de 2012 com uma dívida bancária de médio e longo prazos de 143 milhões de euros. A primeira fórmula defendida por Miguel Relvas passaria pela alienação de um dos canais, ficando outro na esfera do Estado, a funcionar com seis minutos de publicidade por hora. Este modelo mereceu forte contestação dos operadores privados, com o argumento de que a entrada de mais um operador privado no mercado teria como resultado a degradação do mercado publicitário, que na sequência da crise tem vindo a sofrer uma forte desvalorização.
Miguel Relvas, depois da contestação dos operadores privados, atenuou os receios da TVI e da SIC, ao anunciar o fim da publicidade na RTP a 21 de Novembro de 2011. Mas Miguel Relvas deixou uma certeza: a RTP acabaria por ficar mais forte.
"Queremos valorizá-la [RTP] e vamos fazê-lo. Por outro lado, queremos criar condições para que a concorrência seja salutar entre os restantes canais que estão dentro do mercado", afirmou o ministro. Sobre o proposto por António Borges, o ministro ainda não se pronunciou. Mas, do seu gabinete, foi já mencionado que a tutela considera este modelo interessante.
Na última ocasião em que esteve presente numa audiência da comissão de Ética da Assembleiada República, para prestar esclarecimentos aos deputados sobre o processo de privatização,
Miguel Relvas afirmou ser "inquestionável a existência do serviço público". "Vai existir. Tem é de ser reformulado", afirmou, em Julho, o ministro, sem adiantar pormenores sobre o futuro modelo de funcionamento da empresa. Relvas, contudo, deixou uma garantia: "estamos em condições de, até ao final do ano, ter o processo encaminhado".
O pretendido, segundo o economista, é aliviar as despesas do Estado com a empresa. Sob a tutela do Governo de Pedro Passos Coelho, o primeiro plano de redução de custos da RTP foi anunciado, em Outubro de 2011, pela administração, com uma reestruturação colocada em marcha por Miguel Relvas, o ministro com a tutela da comunicação social. Entre a administração da empresa e o Governo ficou acordada uma redução de 80 milhões de euros nos custos operacionais até 2013. Em 2011 haviam sido de 260 milhões de euros.
Por outro lado, como adiantou em Julho o presidente da RTP, Guilherme Costa, ao Negócios, a empresa fechou o primeiro semestre de 2012 com uma dívida bancária de médio e longo prazos de 143 milhões de euros. A primeira fórmula defendida por Miguel Relvas passaria pela alienação de um dos canais, ficando outro na esfera do Estado, a funcionar com seis minutos de publicidade por hora. Este modelo mereceu forte contestação dos operadores privados, com o argumento de que a entrada de mais um operador privado no mercado teria como resultado a degradação do mercado publicitário, que na sequência da crise tem vindo a sofrer uma forte desvalorização.
Miguel Relvas, depois da contestação dos operadores privados, a
"Queremos valorizá-la [RTP] e vamos fazê-lo. Por outro lado, queremos criar condições para que a concorrência seja salutar entre os restantes canais que estão dentro do mercado"
"Queremos valorizá-la [RTP] e vamos fazê-lo. Por outro lado, queremos criar condições para que a concorrência seja salutar entre os restantes canais que estão dentro do mercado", afirmou o ministro. Sobre o proposto por António Borges, o ministro ainda não se pronunciou. Mas, do seu gabinete, foi já mencionado que a tutela considera este modelo interessante.
Na última ocasião em que esteve presente numa audiência da comissão de Ética da Assembleia
É inquestionável a existência do serviço público".
Miguel Relvas afirmou ser "inquestionável a existência do serviço público". "Vai existir. Tem é de ser reformulado", afirmou, em Julho, o ministro, sem adiantar pormenores sobre o futuro modelo de funcionamento da empresa. Relvas, contudo, deixou uma garantia: "estamos em condições de, até ao final do ano, ter o processo encaminhado".