Notícia
Miguel Relvas: Reestruturação da RTP "não é impeditiva" da sua privatização
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, defendeu hoje que a reestruturação da RTP "não é impeditiva" da sua privatização, chamando no entanto a atenção para os resultados "muito agradáveis" da empresa no primeiro semestre do ano.
01 de Agosto de 2011 às 14:47
"A RTP este ano no primeiro semestre teve resultados líquidos muito agradáveis, muito interessantes. Este ano a RTP vai ter de fechar o ano com resultados líquidos positivos", disse o ministro com a pasta da comunicação social, advertindo contudo que a empresa "tem ainda muita despesa que vai ter de ser cortada, que vai ter de se diminuir".
"Temos de ter um serviço público de televisão, é verdade, mas a valores aceitáveis", disse à margem de uma visita à agência Lusa, outro órgão de informação onde o Estado detém uma participação.
O jornal i noticia hoje que a "RTP não vai ser privatizada", e que o tempo "oportuno" inscrito no Programa do Governo para tal processo pode "nunca" chegar ou pode surgir apenas "na próxima legislatura, se o PSD voltar a ganhar as eleições".
"Este Governo tem uma legislatura de quatro anos, não estamos a pensar na próxima legislatura", disse Miguel Relvas, relembrando que o processo de privatização da RTP está no programa do Governo e "esse trabalho está a ser avaliado, esse objectivo é permanente, existe e vai ser concretizado", embora se tenha escusado a apontar datas para a sua concretização.
A privatização de canais de rádio e televisão da RTP e a alienação da participação do Estado na agência Lusa são medidas previstas para momento oportuno no programa do actual Governo.
No que à RTP diz respeito, Francisco Pinto Balsemão, dono do grupo Impresa, que detém a SIC, e Miguel Pais do Amaral, presidente não executivo da Media Capital, dona da TVI, já demonstraram a sua oposição à privatização de um canal público, alertando para a diminuição dos ganhos com a publicidade.
Miguel Relvas, que sublinhou a "prioridade" que é a privatização da RTP, disse que o objectivo do Governo "não é afectar o sector privado", dando a agência Lusa como "um bom exemplo" de sinergias entre privados e o sector público.
"Não podemos ficar reféns de ideias feitas. Sabemos que há hoje dificuldades, sabemos que vivemos uma crise, mas a crise é igual para os públicos e os privados. Com uma diferença, os públicos quem paga são os portugueses com os seus impostos", disse, alertando que "na gestão pública o grau de exigência" na gestão é necessariamente maior.
Em 2010, a RTP apresentou um resultado líquido de 15,1 milhões de euros, na primeira vez em 19 anos que a empresa registou lucros.
Os capitais próprios da RTP, que se situam em terreno negativo, registaram uma descida de 689,6 milhões de euros negativos para 554,2 milhões negativos.
O acordo de reestruturação financeira iniciado pela RTP em 2003 levou a que a empresa efectivasse mudanças internas que contribuíram para o resultado de 2010, tais como a adopção de um programa de saídas voluntárias de quadros da empresa e uma nova abordagens aos "sistemas, processos e estruturas", que permitiu "acelerar a reconfiguração" económica da empresa.
"Temos de ter um serviço público de televisão, é verdade, mas a valores aceitáveis", disse à margem de uma visita à agência Lusa, outro órgão de informação onde o Estado detém uma participação.
"Este Governo tem uma legislatura de quatro anos, não estamos a pensar na próxima legislatura", disse Miguel Relvas, relembrando que o processo de privatização da RTP está no programa do Governo e "esse trabalho está a ser avaliado, esse objectivo é permanente, existe e vai ser concretizado", embora se tenha escusado a apontar datas para a sua concretização.
A privatização de canais de rádio e televisão da RTP e a alienação da participação do Estado na agência Lusa são medidas previstas para momento oportuno no programa do actual Governo.
No que à RTP diz respeito, Francisco Pinto Balsemão, dono do grupo Impresa, que detém a SIC, e Miguel Pais do Amaral, presidente não executivo da Media Capital, dona da TVI, já demonstraram a sua oposição à privatização de um canal público, alertando para a diminuição dos ganhos com a publicidade.
Miguel Relvas, que sublinhou a "prioridade" que é a privatização da RTP, disse que o objectivo do Governo "não é afectar o sector privado", dando a agência Lusa como "um bom exemplo" de sinergias entre privados e o sector público.
"Não podemos ficar reféns de ideias feitas. Sabemos que há hoje dificuldades, sabemos que vivemos uma crise, mas a crise é igual para os públicos e os privados. Com uma diferença, os públicos quem paga são os portugueses com os seus impostos", disse, alertando que "na gestão pública o grau de exigência" na gestão é necessariamente maior.
Em 2010, a RTP apresentou um resultado líquido de 15,1 milhões de euros, na primeira vez em 19 anos que a empresa registou lucros.
Os capitais próprios da RTP, que se situam em terreno negativo, registaram uma descida de 689,6 milhões de euros negativos para 554,2 milhões negativos.
O acordo de reestruturação financeira iniciado pela RTP em 2003 levou a que a empresa efectivasse mudanças internas que contribuíram para o resultado de 2010, tais como a adopção de um programa de saídas voluntárias de quadros da empresa e uma nova abordagens aos "sistemas, processos e estruturas", que permitiu "acelerar a reconfiguração" económica da empresa.