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Europa no verde com Stoxx 600 a atingir recorde. Puma afunda 22%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
Europa no verde com Stoxx 600 a atingir recorde. Puma afundou mais de 20%
Os principais índices europeus fecharam a sessão de hoje com a grande maioria a registar ganhos, exceto o holandês AEX. O Stoxx 600 atingiu máximos históricos, suportado pela época de resultados positiva que continua a suportar os mercados bolsistas do Velho Continente.
O Stoxx 600 fechou o dia a ganhar 0,44%, atingindo máximos de fecho nos 530,34 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX valorizou 0,74%, o francês CAC-40 subiu 0,70%, o britânico FTSE 100 somou 0,23%, o espanhol IBEX 35 ganhou 0,92% e o italiano FTSEMIB avançou 0,72%. Por outro lado, o holandês AEX acabou por derrapar 0,58%.
O índice de referência da Europa está a ter um início de ano otimista, com os investidores a apostarem que o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, poderá adotar uma posição mais suave do que o receado em relação às tarifas a aplicar ao Velho Continente.
Apesar do início de ano positivo para os índices da Europa Ocidental, há sinais de que o "rally" que se vive nas bolsas do continente pode estar a sobreaquecer. Isto porque uma maior percentagem das cotadas do Stoxx 600 está a ganhar terreno, colocando desafios a novos ganhos.
Entre os setores, a banca teve a maior subida, ao avançar 1,82%. A suportar os bons resultados deste setor esteve a EQT, que registou a maior subida desde 2023, ao ganhar quase 9%, depois de o grupo sueco de "private equity" ter comunicado um aumento do retorno dos seus investimentos e ter dito que os mercados de capitais privados regressaram à sua trajetória de crescimento a longo prazo.
Também o Swedbank impulsionou o setor e subiu mais de 4%, após ter divulgado um balanço melhor do que o esperado e ter surpreendido ainda em termos de dividendos.
Entre os movimentos de mercado, destaque a Puma que teve a maior queda de sempre, ao desvalorizar mais de 22%, atingindo mínimos de fevereiro de 2018.
A empresa perdeu mais de um quinto do seu valor de mercado esta quinta-feira, depois de a marca alemã de vestuário desportivo ter divulgado vendas do quarto trimestre inferiores às esperadas e uma queda no lucro anual, o que levantou questões sobre a capacidade da empresa alemã de competir com rivais como a Adidas e a Nike.
Juros das dívidas soberanas agravam-se em dia positivo para as bolsas europeias
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se em toda a linha esta quinta-feira, num dia marcado pela subida generalizada dos principais índices europeus, com os investidores a mostrarem-se menos avessos ao risco.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 3,4 pontos base, para 2,961%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 3,4 pontos, para 3,179%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu em 3,8 pontos base, para 3,302%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 1,7 pontos, para 2,546%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, avançaram 0,3 pontos base para 4,633%.
Ouro perde com incerteza em torno de políticas da nova administração dos EUA
Os preços do ouro seguem a cair esta quinta-feira, depois de terem atingido um máximo de quase três meses na sessão anterior, enquanto os "traders" aguardam por mais clareza sobre as políticas da nova administração norte-americana.
O ouro segue a ceder 0,07% para os 2.754,26 dólares por onça.
O índice de força relativa do ouro está atualmente, de acordo com a Reuters, nos 67 pontos. Este número sugere que o preço do metal amarelo se está a aproximar do território de "sobrecompra", que começa nos 70 pontos.
Com a incerteza em torno das tarifas norte-americanas a influenciar os "traders", as atenções estão agora viradas para a próxima reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana, a ter lugar nos dias 28 e 29 de janeiro.
O ouro é considerado um ativo refúgio em tempos de incerteza económica e geopolítica, mas as taxas diretoras mais elevadas reduzem o apelo do metal amarelo, uma vez que este não rende juros.
A reunião da Fed terá lugar num contexto de crescimento económico estável e queda da inflação nos EUA, mas a incerteza relativa às políticas propostas por Trump deixa dúvidas sobre o rumo que a Fed irá seguir.
Ainda assim, os investidores apontam agora para uma probabilidade de 96% de que o banco central dos EUA mantenha a taxa de juros de referência inalterada, de acordo com informação do FedWatch do CME Group, citada pela Reuters.
Euro cede face ao dólar. Iene ganha em véspera de decisão do BoJ
O euro continua a ceder ligeiramente face ao dólar, devido, sobretudo, às incertezas crescentes sobre qual será a política comercial seguida pela administração Trump face às tarifas a aplicar à Zona Euro, depois de o Presidente norte-americano ter dito em Davos que os EUA têm "grandes queixas" em relação à UE.
O euro perde 0,09%, para os 1,0419 dólares. Já o índice de dólar – que mede a força da nota verde face às suas principais rivais, recua 0,06% para os 108,10 pontos.
No que toca ao iene, a divisa nipónica regista ganhos face ao dólar. O Banco Central do Japão (BoJ) iniciou hoje uma reunião e amanhã são esperadas notícias em relação a qual o rumo que o BoJ deverá seguir no que toca a política monetária.
O dólar perde a esta hora 0,27% para os 156,07 ienes.
Petróleo recua com declarações de Trump em Davos
Os preços do petróleo estão a registar perdas, revertendo os ganhos anteriores, depois de o presidente Donald Trump ter dito, durante um discurso em Davos, que vai pedir à Arábia Saudita e a OPEP para reduzirem o preço do crude.
"Também vou pedir à Arábia Saudita e à OPEP que baixem o custo do petróleo", disse Trump. "Têm de o fazer baixar", acrescentou o novo inquilino da Casa Branca.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – recua 0,97% para os 74,71 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,73% para os 78,42 dólares por barril.
A curto prazo, os preços do "ouro negro" podem vir a registar quebras devido à falta de clareza da administração Trump sobre a política de tarifas comerciais e também pelo aumento esperado da oferta de petróleo dos EUA.
Na semana terminada a 17 de janeiro, os inventários de petróleo bruto dos EUA aumentaram em 1 milhão de barris, de acordo com o boletim estatístico semanal do Instituto Americano do Petróleo. Este valor marca o primeiro aumento nos inventários de crude da maior economia mundial, após cinco semanas consecutivas de declínios.
Wall Street faz pausa depois do "rally". Nvidia perde mais de 1%
As bolsas norte-americanas abriram sem tendência definida esta quinta-feira, divididas entre ligeiros ganhos e perdas, isto depois de o S&P 500 ter atingido ontem novos recordes, impulsionados pelo entusiasmo em torno do anúncio de um investimento massivo em inteligência artificial (IA) feito por Donald Trump na Casa Branca.
Os investidores parecem estar agora a fazer um balanço dos primeiros dias de Donald Trump como do Presidente dos EUA. Embora as medidas para aumentar o investimento com IA tenha impulsionado as "megacaps", o risco de tarifas sobre os principais parceiros comerciais ainda pesam no mercado.
"O mercado precisa de alguns dias para digerir a enchente de notícias que estamos a receber do novo Governo", considerou Scott Ladner, da Horizon Investments, citado pela Reuters.
A atenção dos investidores foca-se agora no discurso do Presidente dos EUA no Fórum Económico Mundial, em Davos, assim como nos relatórios trimestrais da General Electric e da Texas Instruments.
O mercado reage também aos pedidos de subsídio de desemprego, que aumentaram 223 mil na semana passada, quando as previsões apontavam para 220 mil pedidos.
Após ontem ter atingido os 6.100 pontos, o S&P 500 arranca a perder 0,14% para 6.077,55 pontos, e, desde a eleição de Trump a 6 de novembro, já subiu cerca de 5%. A gestora Federated Hermes prevê mesmo que o "benchmark" atinja os 7.000 pontos, acima dos 15% que está agora.
Já o Nasdaq Composite recua 0,55% para 19.900,06 pontos, com a Nvidia a pressionar o setor. Em contraciclo, o industrial Dow Jones ganha 0,11% para 44.211,38 pontos.
As tecnológicas estão a pressionar os índices, sobretudo a Nvidia que perde 1,86%, isto depois de o seu principal fornecedor de memória, a sul coreana SK Hynix, ter apresentados resultados trimestrais que não impressionaram o mercado.
Já a American Airlines perde 7,88% após ter dado a conhecer que previa perdas na receita do primeiro trimestre deste ano. Por outro lado, a Alaska Air espera perdas menores do que o previa para os primeiros três meses do ano.
A Netflix também continua a beneficiar dos resultados do ano passado que animaram o mercado, e segue a ganhar perto de 2%.
Euribor sobe a três e a seis meses e mantém-se a 12 meses
A Euribor subiu hoje a três e a seis meses e manteve-se a 12 meses em relação a quarta-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,673%, continuou acima da taxa a seis meses (2,586%) e da taxa a 12 meses (2,493%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 2,586%, mais 0,001 pontos do que na quarta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,47% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,92% e 25,58%, respetivamente.
Já no prazo de 12 meses, a taxa Euribor manteve-se hoje, em 2,493%.
A Euribor a três meses avançou hoje, ao ser fixada em 2,673%, mais 0,002 pontos do que na sessão anterior.
Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.
A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).
Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 30 de janeiro em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
* Lusa
Europa quase não mexe após recorde. Puma afunda 17%
Os principais índices europeus estão a negociar sem tendência definida, depois de o Stoxx 600, o índice de referência europeu, ter atingido máximos históricos na sessão passada, à boleia do setor tecnológico.
O "benchmark" do Velho Continente cede 0,1% para 527,25 pontos, com o setor da tecnologia a perder mais de 1% e a corrigir face aos ganhos de ontem, com a neerlandesa ASML a pressionar ao perder 3,64%.
Em sentido oposto, o setor da banca é dos que mais ganha acima de 0,5%, depois de o Swedbank (5,03%) ter proposto um aumento maior do que o esperado do seu dividendo anual e ter registado resultados operacionais no quarto trimestre superiores ao estimado. As ações da instituição financeira tocaram ainda máximos históricos.
Ainda no setor da banca, o Bankinter recua 0,72%, após ter revelado lucros recorde de 953 milhões de euros no ano passado. A penalizar os títulos poderão estar as receitas que ficaram 2% abaixo do esperado.
Entre os principais movimentos de mercado está a Puma que afunda mais de 17%, após ter revelado lucros referentes a 2024 que ficaram abaixo do esperado e ter adiado os seus objetivos relativamente à margem. A marca anunciou ainda um programa de corte de custos.
Ontem a rival Adidas tinha valorizado mais de 6%, impulsionada por resultados preliminares do quarto trimestre melhores do que o previsto, com fortes vendas no período de fim de ano.
Já a AB Foods, dona da Primark, perde 2,4%, pressionada por um corte do "guidance" relativamente à faturação da marca irlandesa, devido a menor procura no mercado britânico.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,08%, o francês CAC-40 cede 0,04%, o italiano FTSEMIB avança 0,02%, o britânico FTSE 100 perde 0,02% e o espanhol IBEX 35 ganha 0,28%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,75%.
Juros agravam-se na Zona Euro. Emissões do Reino Unido e França centram atenções
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se muito ligeiramente esta quinta-feira, com os investidores centrados em emissões de dívida do Reino Unido e de França.
Na quarta-feira Espanha registou níveis de procura recorde numa venda de dívida sindicada que procurava angariar 15 mil milhões de euros, com o mercado disposto a oferecer 143 mil milhões de euros, mais de nove vezes. Tal sinaliza que os investidores estão à procura de capitalizar nos juros mais elevados oferecidos no mercado primário.
As Bunds alemãs a dez anos, que servem de referência para o bloco europeu, agravam-se 0,2 pontos base para 2,531%. Já a rendibilidade da dívida francesa, com a mesma maturidade, avança 2,2 pontos base para 3,286%.
Por cá, as "yields" das obrigações do Tesouro também a dez anos somam 2,1 pontos base para 2,948%, enquanto os juros da dívida espanhola sobem 2 pontos para 3,164%. Já as "yields" da dívida italiana avançam 2,6 pontos para 3,625%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas agravam-se 0,5 para 4,635%.
Ouro cede com avanço do dólar e afasta-se de máximos de três meses
Após ter atingido o valor mais elevado desde outubro, altura em que tocou um máximo histórico, o preço do ouro está a aliviar, pressionado pela força do dólar.
Os ganhos recentes devido à incerteza com a chegada ao poder de Donald Trump nos EUA - tendo o "metal amarelo" sido um dos ativos-refúgio mais procurado - estão hoje a inverter com a valorização da divisa norte-americana, na qual os preços dos metais preciosos são cotados.
O preço da onça de ouro recua 0,15% para os 2.752,34 dólares.
O efeito da maior robustez da moeda norte-americana reflete-se também noutros metais preciosos, com a prata a cair 1,23%, para 30,45 dólares por onça, e a platina a perder 0,56%, até aos 945,89 dólares por onça.
Euro cede e volta a negociar abaixo de 1,04 dólares
A moeda única europeia está a perder terreno perante a divisa norte-americana e volta a valer menos de 1,04 dólares. As dúvidas sobre o impacto das tarifas que Donald Trump já anunciou e sobre que medidas serão tomadas para as exportações da União Europeia estão a penalizar o euro.
A moeda do bloco europeu perde 0,13%, para os 1,0395 dólares.
No início do mês, a moeda europeia tocou mínimos de mais de dois anos face ao dólar e muitos analistas antecipam que será uma questão de meses até que o euro valha menos de um dólar.
Aumento dos "stocks" de crude nos EUA pressiona petróleo
Os preços do petróleo estão a negociar em queda, depois de um relatório da indústria ter apontado para a primeira subida dos "stocks" de crude dos Estados Unidos desde meados de novembro. Ao mesmo tempo, os investidores continuam ainda a avaliar o impacto das tarifas e políticas do novo Presidente dos EUA apara o crescimento económico global e a procura por "ouro negro".
O contrato de março do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 0,48% para 75,08 dólares por barril. Também o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 0,43% para os 78,66 dólares.
O relatório da associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API) aponta para uma subida de um milhão de barris na semana passada e um aumento dos "stocks" de combustíveis. Os dados oficiais do Departamento de Energia dos EUA são conhecidos hoje.
Futuros da Europa em queda. Estímulos na Ásia não chegam para animar bolsas
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em queda, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a recuarem 0,17%, sugerindo que o otimismo em torno do investimento em infraestrutura de inteligência artificial, anunciado na terça-feira pelo novo Presidente dos Estados Unidos, poderá estar a desvanecer-se.
Na Ásia, os índices chineses valorizaram nos momentos iniciais de um anúncio de Pequim que pretende injetar milhares de milhões de yuans de seguradoras estatais e fundos mutualistas no mercado acionista, incluindo cerca de 100 mil milhões de yuans na primeira metade do ano, o equivalente a 13,18 mil milhões de euros ao câmbio atual.
No entanto, os ganhos na China acabaram por anular-se e não foram suficiente para contribuir positivamente para o MSCI Asia Pacific que recua após sete sessões consecutivas de ganhos.
Na China, em Hong Kong, o Hang Seng recua 0,54%, enquanto o Shanghai Composite sobe 1,37%. No Japão, o Topix avançou 0,53% e o Nikkei valorizou 0,79%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 1,24%.