A RTP vai escolher na próxima semana os assessores jurídicos e estratégicos que acompanharão o processo de privatização, anunciou hoje Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, na Comissão de Ética, Comunicação e Cidadania. Miguel Relvas concretizou que haverá cinco propostas para cada um dos assessores.

O conselho de administração da RTP já tem as propostas para os assessores jurídicos. E as propostas para a assessoria estratégica deverão chegar até amanhã, já que 11 de Julho era a data limite para a apresentação de propostas.

"Os 'advisers' vão ser escolhidos na próxima semana", assegurou Miguel Relvas, garantindo que o processo está a ser liderado, do lado do Estado, pelo Ministério das Finanças e pelo ministro adjunto co-adjuvadas pela equipa liderada por António Borges.

Quanto ao calendário, Miguel Relvas garantiu que "vamos cumprir os prazos que foram estabelecidos. Estaremos em condições de até ao fim do ano ter o processo encaminhado. Depois cabe ao Governo tomar devisão". O ministro-adjunto reafirmou que António Borges acompanhará "de perto o trabalho desenvolvido".

"Trata-se de um procedimento sujeito às regras em vigor sobre concursos públicos, estritamente observadas desde o início do processo até à sua finalização, com atenção aos mecanismos concorrenciais aplicáveis", declarou Miguel Relvas, dizendo que continua a haver o esforço de reestruturação da RTP.

Miguel Relvas lembrou que o esforço do Estado, em 2012, com a RTP foi de 508 milhões de euros, por causa das condições de mercado e da descida do rating da República que levou à amortização antecipada de um empréstimo. "Foi preferível para os 348 milhões porque os encargos do contrato eram altamente penalizadores se não fizessemos agora", disse Miguel Relvas, lembrando, por exemplo, que o Centro Hospitalar Lisboa Norte custou 290 milhões de euros e o Centro Hospitalar São João do Porto custou 289 milhões.

(Notícia actualizada às 10h39 com mais declarações do ministro Miguel Relvas)