Miguel Relvas, ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, elogiou o caminho que a RTP está a fazer para a sustentabilidade financeira. Na comissão parlamentar de Ética, Cidadania e Comunicação, Miguel Relvas garantiu que a RTP vai continuar a fazer "um bom serviço público, gastando menos".

O elogio foi estendido à Lusa. A RTP teve resultados operacionais positivos, em 2011, de 18,9 milhões de euros. A Lusa também e não pagou dividendos aos privados. "Ambas as empresas estão bem e recomendam-se. Estão a fazer um bom serviço público, gastando menos". E por isso Miguel Relvas garante que em 2012 "vamos atingir os objectivos". 2012 é o último ano do contrato em vigor entre o Estado e a Lusa.

O ministro-adjunto lembrou que a RTP custou, no ano passado, 300 milhões de euros, enquanto o Ministério dos Negócios Estrangeiros custou 280 milhões de euros. "A RTP está no bom caminho, cumprirá na íntegra o seu orçamento e prevê défice 10 milhões". Este ano "não houve aumento da contribuição audiovisual". E Miguel Relvas acrescenta: "a RTP está a fazer com este plano um processo de modernização interno e sinto que há uma grande adesão de quem lá trabalha. Muito confiante em relação ao futuro da RTP". Miguel Relvas, que reconduziu Guilherme Costa à frente da RTP, diz ter um grande entendimento com a estação pública. E disse mesmo que "até em sinais de fumo nos entendemos".

Aliás, a mesma expressão "até com sinais de fumo nos entendemos", tinha sido utilizada por Miguel Relvas a propósito da relação com o secretário de Estado da Administração Local, Paulo Júlio, numa sessão parlamentar em Março e a propósito do montante global da dívida das autarquias.

Miguel Relvas continuou neste tom: "Estão bem geridas, os profissionais de ambas empresas sentem-se estimulados, vamos ter qualidade no serviço público, gastando menos impostos do dinheiro dos portugueses". A Lusa receberá este ano 19 milhões de euros mais IVA de indemnização compensatória, tendo já recebido mais de quatro milhões de euros este ano. Miguel Relvas admite ter dúvidas que o serviço da Agência Lusa existisse da forma como existe sem transferências do Orçamento do Estado. Mas, acrescenta, "é necessário racionalizar meios, mas pela primeira vez há confiança na empresa que sente que com estas políticas estamos a garantir postos de trabalho e emprego para o futuro".

Nas várias questões sobre RTP e Lusa, Miguel Relvas não saiu do registo. "A RTP vive um dos momentos da sua história, um momento de mudança e de confiança, o serviço público está garantido, é bem gerida, tem agilidade, confiança e uma boa estrutura". Miguel Relvas anunciou aos deputados que a 10 de Junho a RTP vai lançar a nova imagem e programação do canal internacional. "É uma televisão de afirmação, mais virada para o futuro, para acompanhar a dinâmica forte que a RTP África conseguiu granjear".

Quanto à nomeação de Luís Marinho como director-geral de conteúdos, Miguel Relvas diz que a estação tem autonomia para criar, alterar ou extinguir direcções. E lembrou que a ERC deu parecer favorável.