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Fecho dos "swaps" feito "muito próximo do máximo prejuízo"
Depois da antiga presidente da STCP, foi a vez de Joaquim Reis ter questionado o fecho de derivados no actual ambiente de juros baixos.
O fecho antecipado dos contratos de "swap" de taxas de juro das empresas públicas, através das negociações entre o Governo e os bancos, voltou a ser criticado por antigos gestores do sector público.
O presidente do Metro de Lisboa entre 2006 e 2010, Joaquim Reis (na foto), trouxe o tema para a comissão parlamentar de inquérito à celebração de "swaps" esta quinta-feira. "Ao fim de quase três anos de inacção, e uma vez corrido o período de baixa constante das taxas de juro, a intervenção quando as mesmas estão próximas de zero é efectuada muito próximo do máximo prejuízo", acusou o antigo gestor. Para Joaquim Reis, as previsões dos economistas apontam para uma inversão das taxas, pelo que a eliminação dos "swaps" não teve em conta "o potencial de subida das curvas de taxas de juro".
A opinião da ex-presidente da administração da STCP, transmitida na semana passada, é idêntica. Fernanda Meneses disse aos deputados que o fecho de "swaps", agora, só veio tornar "efectivo algo que eram perdas potenciais".
O Governo quis chegar a acordo com a banca para cancelar "swaps", em vez de seguir por via judicial. Conseguiu fazê-lo com todas as instituições financeiras que tinham vendido "swaps" às empresas públicas, à excepção do Santander, com quem se encontra em litígio judicial. A justificação para a eliminação das operações é, entre outras, a de que permitiu reduzir custos no futuro, com o corte de juros a pagar, e "resolveu o problema dali para a frente", segundo palavras de Maria Luís Albuquerque.