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Manuel Fino considerou "oportuna" OPA sobre SDC Investimentos

Alinhada com os planos da empresa, preço oportuno e é uma forma de os accionistas da SDC Investimentos conseguirem monetizar o seu investimento. Razões que levaram a administração da empresa a considerar a OPA lançada pela Investéder "oportuna".

Paulo Duarte
21 de Janeiro de 2017 às 17:24
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A administração da SDC Investimentos considera a OPA (Oferta Pública de Aquisição) lançada pela Investéder oportuna, sob todos os aspectos.

No documento no qual se pronuncia sobre a oferta, divulgado sexta-feira, a administração da SDC Investimentos considera oportuna a oferta lançada pela empresa Investéder que é participada pelos dois administradores executivos da SDC - António Castro Henriques e Gonçalo Andrade Santos. Por fazerem parte do oferente, estes dois gestores optaram por abster-se na votação do relatório agora tornado público, que mereceu os votos favoráveis de Manuel Alves Monteiro e José Manuel Fino. Este voto favorável ao relatório por parte de Manuel Fino pode já indiciar que o empresário poderá vender as suas acções na OPA. Manuel Fino detém 58,85% da SDC Investimentos e o oferente faz depender o sucesso da oferta à aceitação por mais de 50% do capital, pelo que chegará a venda de Manuel Fino, ainda que a OPA seja sobre a totalidade das acções. 

Os oferentes dão por cada acção 0,027 euros, o que eleva a oferta total acima dos 4 milhões de euros. O que a administração considera ser um valor oportuno. Está acima do valor patrimonial das acções da empresa, é mais elevado que o mínimo legal, pelo que é uma contrapartida "ajustada para que os accionistas da SDCI possam ponderar a oportunidade que lhes é concedida, neste contexto, para monetizar o investimento que fizeram na SDCI".

Além do preço, a administração acredita que a oferta "e´ oportuna", porque o seu sucesso "permitirá que se concentrem numa única entidade – a oferente – as qualidades de accionista maioritário e de principal credor da sociedade visada, permitindo assim que os interesses accionistas e credores possam ser geridos de forma concertada", particularmente importante já que a SDCI está sobreendividada. Aliás, o lançamento da OPA seguiu-se ao não pagamento de um crédito detido pelo BCP no valor de 20 milhões de euros. 

A Investéder está a negociar os créditos da SDCI, que atingem 175 milhões de euros, compra que depende, no entanto, de algumas acções estratégicas que a empresa está já a prosseguir como a venda da área de concessões que lhe permitirá reduzir o passivo. Esta venda está em progressão, estando já a ser analisada peloas autoridades necessárias. A adquirente será a Global Via Infrastructuras, que se for aprovado comprará o Grupo Scutvias e o Grupo Transmontana.


Sem essa área de negócio, a SDCI ficará centrada no imobiliário e manterá 33,33% na Soares da Costa Construção.

Linhas que a oferente quer prosseguir e que, por isso, levam a administração a considerar que "evidenciam um total alinhamento entre os objectivos da oferente e aqueles que há muito foram definidos como os objectivos estratégicos a que a sociedade visada, no contexto em que se encontra, pode prosseguir".


A OPA foi comunicada a 23 de Dezembro, dependendo agora do registo da CMVM para prosseguir. Mas a oferente faz ainda depender a oferta da derrogação pela CMVM de oferta subsequente, por atingir determinado patamar na empresa visada, caso a OPA seja bem sucedida. 

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