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Troca de acções da SDC na sessão pré-OPA foi três vezes superior ao habitual
As acções da SDC iniciaram a sessão de segunda-feira em alta, ainda que sem tocar nos 2,7 cêntimos oferecidos pelos gestores na OPA. O volume é idêntico ao de sexta-feira, dois dias em que o volume triplicou o normal.
A troca de acções da SDC – Investimentos na sexta-feira passada foi três vezes superior ao normal. Foi a última sessão antes de ser divulgado que a empresa se encontra sob uma oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelos seus gestores, António Castro Henriques e Gonçalo Andrade Santos.
Em média, numa sessão habitual dos últimos seis meses, foram trocados pelos investidores cerca de 559 mil títulos da SDC, empresa que detém um terço da Soares da Costa Construção. A 23 de Dezembro, foram transaccionadas 1,5 milhões de acções da companhia. Três vezes acima da média e quase o dobro da sessão anterior. Na mesma semana, terça-feira, por exemplo, foi um dia em que o volume nem chegou aos 100 mil títulos movimentados.
Foi após o fecho de sessão que foram divulgados inúmeros comunicados da SDC na passada sexta-feira. Um deles anunciava o desinvestimento na área de concessões, outro revelava o reconhecimento de perdas no ramo da construção, ainda um sobre a reestruturação financeira e, por fim, um comunicado sobre a OPA.
Preço ainda não tocou no valor da OPA
A oferta é lançada pela Investéder, empresa constituída a 15 de Novembro pelos dois elementos da comissão executiva da SDC, e é sobre todo o capital. "A contrapartida oferecida, a pagar em numerário, é de 0,027 euros (2,7 cêntimos) por cada acção", indica o comunicado sobre a operação, que fica assim avaliada em 4,32 milhões de euros.
Na sexta-feira, as acções estavam a cotar nos 2,4 cêntimos, pelo que o prémio oferecido é de 12,5%. Esta terça-feira, a primeira sessão após o anúncio da OPA, a cotada começou o dia a valorizar-se mas apenas para 2,6 cêntimos, um avanço de 8,33%. Não tocou nos 2,7 cêntimos.
O gás do início da sessão foi-se perdendo ao longo da manhã e a empresa segue inalterada face a sexta-feira. O volume da sessão pós-OPA está ao nível da última sessão antes da divulgação da oferta: 1,6 milhões de títulos trocados.
Neste momento, a estrutura accionista da SDC Investimentos é controlada por Manuel Fino, com 58,85%, e o restante capital está disperso em bolsa. Só haverá sucesso da operação se houver a aceitação por mais de 50% do capital. Assim, se Manuel Fino vender, a OPA tem sucesso. A oferta está dependente da venda da área de concessões de auto-estradas, que deixa a SDC centrada no ramo imobiliário, e da compra de créditos da SDC, que estão nas mãos dos bancos, por parte da Investéder.