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OPA não impede queda de 8% da accionista minoritária da Soares da Costa
Nas duas sessões que se seguiram à OPA, a SDC Investimentos acumula um recuo. A queda de 8% já mais do que ofuscou o ganho de terça-feira. Além da OPA, a empresa está em mudança estrutural e reestruturação financeira.
A oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelos gestores à SDC Investimentos não está a sustentar a cotação da empresa. Aliás, a accionista minoritária da Soares da Costa Construção não tocou sequer no preço oferecido pela Investéder, a sociedade de António Castro Henriques e Gonçalo Andrade Santos que são gestores da própria SDC Investimentos.
Esta quarta-feira, 28 de Dezembro, os títulos da empresa – que tem 33% da Soares da Costa Construção, que se desfez das concessões de auto-estradas e que se vai centrar na área do imobiliário – caíram 8% para valer 2,3 cêntimos. A meio da sessão, as acções chegaram a cair aos 2,2 cêntimos na Bolsa de Lisboa.
Com esta desvalorização, a SDC Investimentos ofusca o ganho de ontem e afasta-se do preço da OPA anunciada na sexta-feira passada. A Investéder oferece 2,7 cêntimos (um total de 4,32 milhões) pelo capital da empresa que, neste momento, tem Manuel Fino controla 58,85% da companhia. Na altura, este preço correspondia a um prémio de 12,5% em relação à cotação de então, 2,4 cêntimos. Agora, a diferença alargou-se.
Foram trocadas mais de mil milhões de acções da SDC esta quarta-feira, praticamente o dobro da média diária do último semestre. Ontem foram trocadas mais de 2 milhões. Mas mesmo na sessão que se antecedeu ao anúncio da OPA, sexta-feira, o volume havia sido o triplo do habitual.
Foi após o fecho de sessão que foram divulgados inúmeros comunicados da SDC, além do anúncio da OPA. Um deles anunciava o desinvestimento na área de concessões, outro revelava o reconhecimento de perdas no ramo da construção, ainda um sobre a reestruturação financeira e, por fim, um comunicado sobre a OPA. A operação avança com o cumprimento de grande parte destas alterações da empresa.