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SDC reduz prejuízos para menos de 40 milhões
O desempenho da Soares da Costa penalizou os resultados da SDC Investimentos, que fechou 2016 com um capital próprio negativo superiora 100 milhões de euros.
A SDC Investimentos, "holding" detida em 56% por Manuel Fino, registou um resultado líquido negativo de 39,6 milhões de euros em 2016, o que representa uma redução face aos prejuízos de 71,4 milhões de euros verificados em 2015.
No relatório e contas de 2016, a empresa justifia os números negativos com o reforço da imparidade na participação da Soares da Costa Construção em 33,5 milhões de euros e a anulação dos activos por impostos diferidos em 4,5 milhões de euros.
Os resultados financeiros foram negativos em 36,4 milhões de euros e o EBITDA também tem sinal negativo. Atingiu -0,4 milhões de euros, contra -4,8 milhões de euros em 2015.
O volume de negócios baixou 63% para 2,5 milhões de euros, numa altura em que a compahia concentra a sua actividade apenas no imobiliário e na participação minoritária de 33,3% que detém na Soares da Costa Construção, SGPS.
No ano passado foram negociadas as "alienações das participadas que operam no âmbito das concessões rodoviárias da Autoestrada da Beira Interior e da Autoestrada Transmontana que estando, ao final do exercício, ainda pendentes de condições e autorizações externas, já se vieram a concretizar em fevereiro de 2017", refere a empresa em comunicado.
Devido a estas vendas das concessões rodoviárias, a SDC baixou a dívida em mais de 70 milhões de euros, para 190,3 milhões de euros.
"Para esta diminuição concorreu não só a dívida bancária incluída nos passivos afectos às actividades descontinuadas (62,8 milhões de euros), mas também as amortizações de dívida realizadas, nomeadamente por via da dação em cumprimento de activos imobiliários", refere a SDC.
Se a dívida está menos volumosa, o capital próprio ficou mais negativo, devido ao prejuízos acumulados. No final de 2016 situava-se em -105,2 milhões de euros.
A SDC foi no final do ano passado alvo de uma OPA da Investéder, que oferece 2,7 cêntimos por cada acção da companhia, num total de 4,32 milhões de euros. A oferente é de António Castro Henriques (na foto) e Gonçalo Andrade Santos, que são gestores da própria SDC Investimentos.