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Investéder disponível para vender toda a Soares da Costa a Mosquito

Se comprarem a SDC Investimentos, Castro Henriques e Gonçalo Santos admitem alienar os 33% na Soares da Costa Construção a António Mosquito, como já esteve em cima da mesa. Mas é uma operação carregada de "elevada incerteza".

Paulo Duarte/Negócios
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A SDC Investimentos (SDCI) poderá vender a participação de 33,3% que mantém na Soares da Costa Construção. A hipótese é colocada pelos gestores António Castro Henriques e Pedro Gonçalo Santos que, através da Investéder, lançaram uma oferta pública de aquisição sobre a "holding" de Manuel Fino.


"A Investéder estará disponível para, na qualidade de accionista maioritária da SDC Investimentos, apoiar o desenvolvimento de um eventual novo processo negocial dirigido à alienação da participação e dos créditos detidos pela SDCI na SDC Construção SGPS ao accionista maioritário desta sociedade", indica o prospecto da OPA da Investéder, operação que se inicia na próxima segunda-feira, 15 de Maio.

 

A SDC tem 33,3% da Soares da Costa Construção, estando o restante capital, 67,7%, nas mãos do empresário angolano António Mosquito, depois de ter comprado aquela posição em 2013. Em Janeiro de 2016, iniciaram-se conversações para que o grupo angolano viesse a adquirir à SDC Investimentos a sua participação na construtora. O que não chegou a acontecer.

 

Em Agosto do ano passado, a Soares da Costa Construção avançou para um Processo Especial de Revitalização (PER), como forma de evitar a insolvência, e a venda daquela posição da SDC foi suspensa. O PER foi aprovado pelos credores, ainda que com o voto contra da CGD, mas o juiz não o homologou, pelo que falhou, "aguardando-se os desenvolvimentos do respectivo processo", adianta a Investéder no prospecto da OPA.

 

Assim, a negociação anunciada por Castro Henriques e Pedro Gonçalo Santos só segue em frente no caso de os planos de recuperação da Soares da Costa Construção e suas participadas serem homologados judicialmente. "A ocorrência e o resultado desse processo revestem elevada incerteza", admite a Investéder, cujo OPA se estende até 2 de Junho.

 

Neste momento, a SDC tem apenas uma relação de "acompanhamento accionista" face à construtora de que Manuel Fino já foi o dono, "sem qualquer intervenção nos órgãos sociais da empresa e na gestão dos negócios da empresa e suas participadas".

 

A participação na Soares da Costa Construção é um dos principais activos da SDC, que se centra na área imobiliária e pela participação na SDC America, esta última centrada na gestão de processos fiscais.

 

Tendo em conta o reduzido nível de activos, e o elevado passivo, a Investéder assume que pretende pedir a exclusão da SDC Investimentos da negociação em bolsa, mesmo que não alcance os mínimos legais exigidos (90% do capital da empresa e 90% do capital sob oferta).

Esta sexta-feira, a sociedade fechou a valer 2,6 cêntimos, subindo 24% face a ontem, abaixo dos 2,7 cêntimos oferecidos na OPA - que tocou durante o dia.

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