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Antiga Soares da Costa vende área de energia por "preço simbólico"
No âmbito da reestruturação do passivo financeiro, a SDC Investimentos alienou as participações que tinha no sector da energia. Com a operação, o passivo bancário reduz-se em 6,8 milhões de euros.
A SDC Investimentos continua a emagrecer: agora, vendeu a sua participação que tem no sector da energia. O negócio, que foi feito por um "preço simbólico", serve para reduzir a dívida face aos bancos.
"A SDC Investimentos informa que a sua participada SDC Concessões chegou a acordo com Infraventus Renewables Trading para lhe alienar as participações por si detidas nas sociedades Soares da Costa Hidroenergia, S.A., Soares da Costa Hidroenergia 1T, Lda., Soares da Costa Hidroenergia 4T, Lda. e Soares da Costa Hidroenergia 8T, Lda., que actuam na área de energias renováveis", indica um comunicado da empresa presidida por António Castro Henriques à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A operação de venda à empresa que tem sede em Lisboa e dois sócios portugueses – Afonso Proença e Maria Isabel Monteiro, de acordo com o Portal da Justiça – foi feita a um "preço simbólico mas, transferido o passivo financeiro, contribuindo em cerca de 6,8 milhões de euros para a redução do passivo bancário consolidado".
Apesar de o impacto ser positivo na diminuição das dívidas aos bancos, a "transacção terá um impacto negativo nos resultados consolidados do grupo estimado em cerca de 300 mil euros".
"A alienação insere-se na estratégia delineada e reiteradamente anunciada de reestruturação do passivo financeiro do grupo encabeçado pela SDC Investimentos", assinala ainda o comunicado da companhia que detém 33% da Soares da Costa Construções, cujo plano de recuperação (PER) foi aprovado apesar do chumbo da Caixa Geral de Depósitos.
A empresa na qual o empresário Manuel Fino detém 58,85% tem reduzido estas exposições, sendo que a SDC Concessões também já se desfez de participações em concessões rodoviárias, conseguindo já, também com a negociação com os bancos credores, cortar no passivo consolidado na ordem dos 127,5 milhões de euros. A que se soma o valor conseguido com esta venda no sector energético.
Só com a alienação das concessões é que poderá ser concretizado o lançamento da oferta pública de aquisição (OPA) da parte da gestão (António Castro Henriques e Gonçalo Andrade Santos). Essa OPA oferece 2,7 cêntimos por acção da SDC Investimentos. Esta sexta-feira, a cotada fechou a valer 2,1 cêntimos por título.