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Governo aprova Gabriela Dias na CMVM e Margarida Rosa na Concorrência
O Governo aprovou os nomes das presidentes do regulador de mercados e da Concorrência.
O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira, 24 de Novembro o nome de Maria Gabriela Castro Fernandes, conhecida como Gabriela Figueiredo Dias, para o cargo de presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), de acordo com o comunicado emitido no final da reunião de ministros.
Além da presidente, foram ainda aprovadas as nomeações da vice-presidente, Filomena Pereira de Oliveira, e do vogal do conselho de administração da CMVM, Rui Correia Pinto.
Gabriela Figueiredo Dias era até agora vice-presidente da CMVM, tendo passado a fazer parte dos quadros da CMVM em 2007. Até 2008 foi assessora dos Assuntos Internacionais e Política Regulatória. Depois, até 2010, foi directora-adjunta do Departamento Internacional e de Política Regulatória. Nos dois anos seguintes, foi directora-adjunta do Departamento de Mercados, Emitentes e Informação.
De acordo com o curriculum vitae, entre Setembro de 2012 e Fevereiro de 2013, foi directora do mesmo departamento. Seguiu-se o cargo de assessora do Conselho de Administração da CMVM, entre 2013 e Julho de 2015. Foi, nessa altura, que ascendeu à posição de vice-presidente do Conselho de Administração do regulador.
O Conselho de Ministros aprovou ainda a nomeação de Margarida de Matos Rosa para presidente da Autoridade da Concorrência, substituindo assim António Ferreira Gomes à frente deste regulador.
Margarida Matos Rosa será a quarta presidente da AdC, depois de Abel Mateus, Manuel Sebastião e António Ferreira Gomes. Entrará na Concorrência tendo ainda por decidir o designado cartel da banca, que está suspenso pelo Tribunal. Margarida Matos Rosa conhece a banca. Foi (entre 2001 e 2005) directora da área de gestão de activos institucional do BNP Paribas em Portugal, depois de ter estado no mesmo grupo em Londres, Paris e Milão. Antes tinha sido economista no JP Morgan em Nova Iorque. Foi enquanto directora em Portugal do BPN Paribas que em 2003 declarava ao CM nunca se ter sentido discriminada na banca por ser mulher. "Nesta geração, o que vinga é a capacidade e o talento, independentemente de se ser mulher ou homem", declarou, então com 30 anos.
António Ferreira Gomes não termina o mandato, ingressando num departamento da OCDE ligado à política concorrencial. Foi para presidente da Autoridade da Concorrência em Setembro de 2013, para um mandato de cinco anos, que só terminaria em 2018.
"Todas estas nomeações foram atestadas através do parecer favorável da CRESAP e dão cumprimento ao programa do Governo e assegurando o princípio da alternância de género", salienta o comunicado emitido.
(Notícia actualizada às 14:50 com mais informação)