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Trabalhadores temem “enfraquecimento da CGD” com redução de pessoal e saída do exterior

Os trabalhadores da CGD consideram que “diminuir fortemente” o quadro de pessoal e a rede de agências “é prejudicial e contraditória com a tese do reforço” do banco. Comissão de trabalhadores critica ainda a intenção de levar a Caixa a sair de mercados internacionais.

Cátia Barbosa/Negócios
23 de Junho de 2016 às 17:08
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"Se a intenção de diminuir fortemente o número de trabalhadores e de agências for cumprida (…) essa decisão do Governo é prejudicial e contraditória com a tese do reforço da Caixa Geral de Depósitos e do seu papel fundamental para o País e para a economia nacional", critica a comissão de trabalhadores (CT) do banco do Estado num comunicado enviado esta quinta-feira às redacções.

 

A posição da CT surge depois de o ministro das Finanças ter revelado em conferência de imprensa que o aumento de capital da Caixa servirá, entre outras finalidades, para financiar a reestruturação do banco, o que implica um "plano alargado" de pré-reformas e rescisões. A estratégia pressupõe ainda a concentração da CGD no negócio bancário doméstico.

 

"Diminuir as capacidades de operacionalidade da CGD em Portugal e na área internacional, ambas relevantes, vem permitir um enfraquecimento da sua influência e até do seu progressivo desaparecimento, deixando campo de manobra para avanços nestas mesmas áreas por parte de empresas financeiras concorrentes do sector privado, prejudicando não apenas a CGD mas o interesse público", sublinha o comunicado assinado por Jorge Canadelo, coordenador da CT da Caixa.

Segundo avançaram a TSF e a Antena 1 esta quarta-feira, a capitalização da Caixa pode ascender a 5.000 milhões de euros. Mas para os trabalhadores da instituição, "uma CGD financiada mas fragilizada na sua actuação no sector corresponde a uma descredibilização dum projecto anunciado pelo Governo que se quer crer ser de recuperação financeira, de reversão da situação social e económica do nosso país".

 

As críticas da CT vão ainda para a falta de resposta do primeiro-ministro aos pedidos de reunião feitos pelos trabalhadores, uma "postura preocupante", acusam. "Em 23 de Março de 2016 foi solicitada uma audiência ao Sr. Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, para que fosse ouvida a voz dos Trabalhadores da CGD e que esta tentativa de diálogo foi reiteradapor nova missiva com data de 14 de Junho de 2016 dada a ausência de resposta anterior", revela a nota da estrutura que representa os quadros da Caixa. 


(Notícia actualizada às 17:32)

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