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Stock da Cunha: "Não existe nenhuma obrigação do Novo Banco" pagar o papel comercial

O presidente do Novo Banco manifestou a sua "preocupação com as pessoas" que investiram em papel comercial do GES. Mas avisou que "não existe nenhuma obrigação" da instituição de pagar estas aplicações. E deixou no ar a ideia de que a solução vai implicar perdas de capital.

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10 de Fevereiro de 2015 às 10:45
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"O Novo Banco não tem qualquer responsabilidade sobre o papel comercial. Não existe nenhuma provisão no Novo Banco para o papel comercial. Essa provisão não passou para o Novo Banco. Não existe nenhuma obrigação legal de o Novo Banco pagar o que quer seja do papel comercial", insistiu Eduardo Stock da Cunha.

 

O presidente do Novo Banco expressou a sua "preocupação com a situação das pessoas" que têm as suas aplicações bloqueadas. Mas alertou que a responsabilidade sobre os clientes pela má comercialização do papel comercial é do BES, onde ficou a provisão para esse fim. No entanto, Stock da Cunha invocou as declarações do líder do BES no Parlamento para sublinhar que "o BES não vai conseguir honrar o pagamento pela má comercialização" daqueles produtos.

 

O gestor admitiu que apenas pode tentar encontrar uma solução em respeito de "uma série de condições, muito difíceis de cumprir". "Temos de ter liquidez, rentabilidade e solidez" como exigiu o Banco de Portugal na deliberação de 14 de Agosto, recordou Stock da Cunha.

 

O líder do Novo Banco deixou no ar a possibilidade de a solução para estes clientes implicar a perda de capital. "Podemos, por razões estritamente comerciais, se isso traz vantagens para o banco", apresentar uma solução aos clientes. "Isto significa que no caso de um cliente com 100 mil euros (investidos), se quisermos compensar 50 mil euros, temos de justificar como é que o banco vai gerar proveitos de 50 mil ao banco" que permitam pagar esse valor ao cliente, detalhou.

 

Stock da Cunha revelou que estão em causa cerca de 527 milhões de euros investidos por cerca de 2500 clientes em papel comercial da Rioforte, Espírito Santo International e Espírito Santo Property.

 

"Estamos a tentar resolver o possível e depois vamos tentar o impossível", adiantou o gestor, citando o antigo presidente brasileiro Lula da Silva. "Estamos totalmente empenhados em tentar encontrar uma solução. Mas não sabemos quando, como, e se será", avisou.

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