Notícia
Stock da Cunha: Entrada do Novo Banco no Banco Económico "foi aprovada pela Comissão Europeia"
A gestão do Novo Banco não negociou com as autoridades angolanas a solução para a recuperação do crédito de 3.300 milhões de euros que a instituição tinha sobre o BES Angola, revelou Stock da Cunha. O banqueiro garante que o desfecho, que implicou uma perda de 80% do crédito, foi previamente comunicado à Comissão Europeia, que aprovou a entrada no capital do Banco Económico – instituição que sucedeu ao BES Angola.
"Fomos a Angola e não fizemos nenhuma negociação" sobre a solução para a recuperação de parte do crédito de 3.300 milhões que tinha sobre o BES Angola. "O Banco Nacional de Angola deliberou a perda de capital, arrastando 80% do capital" em dívida, revelou Eduardo Stock da Cunha.
"Ou aceitávamos ou contestávamos. Medindo os prós e os contra, propusemos a aceitação" da solução apresentada pelo BNA, adiantou o presidente do Novo Banco.
"Tivemos que nos coordenar com as autoridades portuguesas, até tendo em conta os compromissos do Governo português com a direcção geral da concorrência da Comissão Europeia. A solução é do conhecimento da Comissão Europeia, adiantou o banqueiro.
Stock da Cunha esclareceu que Bruxelas teve de aprovar a solução pelo facto de estar em causa uma tomada de participação de 9% no Banco Económico, a instituição que resultou da intervenção do BNA no BES Angola.