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Sete funcionários do Deutsche Bank acusados de envolvimento no escândalo dos certificados de emissão de CO2

As autoridades alemãs acusam oito pessoas ligadas ao Deutsche Bank por envolvimento em escândalo que terá causado danos superiores a 5 mil milhões de dólares. O banco não comentou o caso, limitando-se a garantir que continua a cooperar com as autoridades.

13 de Agosto de 2015 às 13:31
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A procuradoria de Frankfurt indiciou sete actuais funcionários do Deutsche Bank e um ex-trabalhador do banco por envolvimento no esquema de evasão fiscal com certificados de emissão de dióxido de carbono, escreve esta quinta-feira, 13 de Agosto, a Reuters.

As autoridades não referiram a entidade bancária directamente, mas fontes próximas do caso, citados pela Reuters, identificaram os indivíduos como pessoas ligadas ao Deutsche Bank. Os visados têm idades compreendidas entre os 33 e os 64 anos.

As autoridades, escreve a Reuters, investigaram 26 actuais e ex-funcionários do banco, 17 dos quais por suspeitas de evasão fiscal, cinco por lavagem de dinheiro e quatro por obstrução à justiça. Entre os visados estava o co-CEO Juergen Fitschen.

"A nossa investigação sobre o tema dos certificados de emissões de carbono continua. Estamos a cooperar com as autoridades", comentou somente o banco em comunicado, citado pela agência noticiosa.

De recordar que as autoridades fizeram uma busca com cerca de 500 polícias e inspectores fiscais à sede do banco em 2012 no âmbito deste caso.

O mercado de carbono europeu foi alvo de um esquema de evasão fiscal internacional de contratos com certificados de emissão de dióxido de carbono. As "trocas em carrossel" destes certificados aconteceram em 2009 e 2010 e pelo menos 14 pessoas já foram detidas por envolvimento nesta fraude, que, diz a Europol, terá custado aos cidadãos mais de 5 mil milhões de euros.

O Deutsche Bank anunciou a 7 de Junho a renúncia de um dos seus presidentes executivos, Anshu Jain, na sequência da onda de escândalos em que o banco se viu envolvido, contabilizando cerca de 6.000 diferentes casos de litígio. O outro CEO, Juergen Fitschen, sai em Maio de 2016.

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