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Escritórios do Deutsche Bank em Frankfurt alvos de buscas

Os escritórios do Deutsche Bank, em Frankfurt, foram alvos de buscas esta terça-feira, 9 de Junho, no âmbito de uma investigação sobre transacções de valores mobiliários por parte de clientes do banco.

Bloomberg
09 de Junho de 2015 às 15:48
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"Hoje, os escritórios de Deutsche Bank em Frankfurt estão a ser revistados", confirmou o banco em declarações oficiais, esclarecendo que "a investigação em causa está relacionada com transacções de valores mobiliários por parte de clientes. Funcionários do banco não estão acusados de má conduta", esclarece a nota do banco, enviada ao Negócios.

Investigadores criminais e autoridades fiscais revistaram os escritórios do banco em Frankfurt e noutras zonas da Alemanha, em Londres e Paris, adianta a Bloomberg, que cita informações do Bild.

Estas investigações recaem sobre indivíduos acusados de alegadas práticas de fraude fiscal.

Andreas Plaesier, analista citado pela Bloomberg, alerta que "mais notícias negativas não ajudam à imagem do banco".

De recordar que o Deutsche Bank foi alvo de uma multa recorde de 2,2 mil milhões de euros pelo envolvimento no escândalo de manipulação de taxas de juro e está a braços com cerca de seis mil diferentes casos de litígio.

O banco anunciou a renúncia dos seus CEO's este domingo, 7 de Junho, e a entrega do cargo a John Cryan, visando recuperar a confiança dos investidores.

Anshu Jain vai renunciar no final de Junho, enquanto Juergen Fitschen pretende ficar no cargo até depois da reunião anual de accionistas do Deutsche Bank, marcada para Maio de 2016.

John Cryan, gestor britânico de 54 anos, foi administrador financeiro (CFO) do banco suíço UBS, e, durante o seu mandado, ganhou a confiança dos investidores ao conseguir evitar o colapso do grupo durante a crise de crédito da última década. Cryan tornou-se CFO da empresa em 2008, quando o banco estava a sofrer o embate de perdas recorde ligadas ao mercado de habitação norte-americano. Cryan deixou o UBS em 2001 e foi para a Temasek Holding, uma empresa de investimento detida pelo Estado de Singapura. Dois anos depois, o gestor ingressou no quadro de supervisão do Deutsche Bank.

Segundo um estudo liderado pela CP Reaserch Foundation, o Deutsche Bank gastou, entre 2010 e 2014, 9,37 mil milhões de libras (cerca de 12,86 mil milhões de euros) em processos de litígio.

Este estudo, que visa refutar a crença de que as entidades bancárias já tenham ultrapassado o pior momento de litigação pós-crise, estima que os dezasseis principais bancos mundiais tenham gasto 205,5 mil milhões de libras (282 mil milhões de euros) em processos de litígio nos últimos cinco anos.

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