As acções do Deutsche Bank negoceiam em forte alta na bolsa de Frankfurt, reagindo de forma favorável ao pedido de demissão dos dois presidentes executivos do banco, que estavam a ser alvo de forte contestação devido aos escândalos em que o banco tem estado envolvido.

As acções avançam 5,79% para 29,215 euros, tendo no arranque da sessão registado uma subida máxima de 8,17% para 29,87 euros.

O Deutsche Bank anunciou este domingo a renúncia de um dos seus presidentes executivos, Anshu Jain, sendo que o outro CEO do banco, Juergen Fitschen, também sai em Maio de 2016.

Os dois presidentes executivos estão no cargo desde 2012 e os seus mandatos terminam em Março de 2017. Serão substituídos por John Cryan, de 54 anos, que foi administrador financeiro do UBS.

O maior banco da Alemanha está atolado em cerca de 6.000 diferentes casos de litígio e recebeu uma multa recorde de 2,2 mil milhões de euros pelo seu envolvimento no escândalo de manipulação de taxas de juros.

Na reunião anual do Deutsche Bank no mês passado, os dois gestores enfrentaram a ira dos accionistas sobre a série de escândalos e a baixa rendibilidade do banco, sendo que a instituição financeira, até agora, não conseguiu cumprir as metas de lucro para este ano.

Kinner Lakhani, analista do Citigroup, afirmou ao Financial Times que com o banco avaliado em bolsa a cerca de metade do valor dos seus activos, o mercado procura agora um "reinicio" para o Deutsche Bank. "Acreditamos que os investidores vão receber de forma positiva estra alteração na liderança do Deutsche Bank", adiantou.