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Sucursal do Deutsche Bank em Portugal diz escapar a reestruturação do banco alemão

O alemão Deutsche Bank anunciou uma nova estratégia para 2020 que não terá impacto em Portugal, segundo a sucursal nacional.

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A nova estratégia do Deutsche Bank para 2020, que passa pela redução de balcões e pela aposta na digitalização, "não afecta Portugal", garante a sucursal da instituição financeira alemã em território nacional.

 

"O posicionamento em Portugal mantém-se, existindo uma perspectiva de investimento e de crescimento", assegura fonte oficial da sucursal portuguesa em resposta a perguntas do Negócios. Esta é a mensagem que está a ser também passada pela administração.

 

O banco germânico anunciou a estratégia até 2020, prevendo cortes de custos que ascendem a 3,5 mil milhões de euros neste período. Haverá lugar a saída de mercados nas várias áreas em que opera. Mas em Portugal, onde tem cerca de 55 balcões, não deverá haver impacto.

 

Os co-presidentes executivos do banco, Juergen Fitschen e Anshu Jain, afirmam que o Deutsche será, na banca, "líder, na Alemanha, onde tem mais de 8 milhões de clientes, servindo mais 5 milhões de clientes com as cinco fortes posições que tem noutros cinco mercados europeus". Os mercados não são identificados na apresentação dos responsáveis do Deutsche mas a área de clientes particulares e empresariais tem presença europeia, além da Alemanha, em Portugal, Espanha, Itália, Polónia e Bélgica.

 

A distribuição geográfica do novo Deutsche Bank e das novas áreas de negócio será implementada "em acompanhamento próximo com as partes interessadas, incluindo trabalhadores e os seus sindicatos, nos países afectados". A comunicação dos resultados será feita nos próximo 90 dias.

 

A sucursal em Portugal refere que estas medidas serão concretas e não passarão pelo fecho de qualquer um dos 55 balcões em Portugal. "Não se prevê nada" no que diz respeito a estas acções.

 

Não se conhecem os resultados do Deutsche Bank em Portugal. O que é assegurado pela instituição é que se encontra com lucros em 2014 e que foram mais elevados do que no ano anterior. A justificação é a de que, sendo sucursal, não tem de divulgar as contas. Em 2011, quando se intensificava a crise da dívida nacional, a presença lusa deixou de ser feita com um banco de direito português (como é o caso do Santander Totta) e tornou-se numa sucursal, consolidando ao nível de grupo e escapando, assim, ao risco português. 

 

No plano hoje anunciado também há estimativa de investimento de 1 milhão de euros para a digitalização das suas operações. Além disso, o Deutsche Bank prevê alienar a posição que detém no PostBank devido à pouca rentabilidade.

 

As opiniões dos analistas

 

As opiniões dos analistas sobre este plano de reestruturação não são consensuais. Kinner Lakhani, do Citigroup, numa nota aos clientes citada pela Bloomberg, considera que este plano tem, a médio prazo, potencial de subida. "Contudo, qualquer desempenho de curto prazo está dependente da convicção da gestão sobre o tempo e a execução, particularmente nas poupanças nos custos".

 

Christopher Wheeler, da Atlantic Equities, afirmou à Bloomberg TV que "este é um plano pragmático simples", acrescentando que poderá não ser suficiente. 

 

As acções do Deutsche Bank encerraram a cair 4,99% para os 29,971 euros na Bolsa de Frankfurt, contrariando a tendência de subida. 

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