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Plano de reestruturação leva acções do Deutsche Bank a cair mais de 4%

O Deutsche Bank anunciou um plano de reestruturação que passa por um corte de custos no valor de 3,5 mil milhões de euros até 2020 e o encerramento de 200 filiais. As notícias não foram bem acolhidas pelos investidores, estando as acções a derraparem mais de 4%.

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Why Investors Are Skeptical Over Deutsche Bank Overhaul
27 de Abril de 2015 às 13:37
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As acções do Deutsche Bank estão a recuar 4,28% para os 30,195 euros, tendo já perdido 5,69% para 29,75 euros. Esta segunda-feira, 27 de Abril, a administração anunciou um plano de reestruturação após ter revelado que os lucros caíram quase para metade no primeiro trimestre do ano.

 

Nos três primeiros meses de 2015, o banco germânico obteve lucros de 544 milhões de euros, o que contrasta com os 1.100 milhões de euros obtidos no período homólogo de 2014, segundo o El País. A quebra nos resultados deve-se, sobretudo, aos custos legais que a instituição tem de fazer face no âmbito do caso de manipulação de taxas de juro.

 

O plano de reestruturação do Deutsche Bank prevê, nomeadamente, um corte de custos no valor de 3,5 mil milhões de euros até 2020. Esta redução, de acordo com o comunicado da entidade liderada por Juergen Fitschen e Anshu Jain e citado pela Bloomberg, passa por sair de negócios não lucrativos, diminuir a sua presença e uma diminuição de balcões. Em relação aos balcões, deverão ser 200 as filiais que vão encerrar, no entanto, não foram divulgados mais detalhes.

 

Além disso, o Deutsche Bank prevê alienar a posição que detém no PostBank devido à pouca rentabilidade. Segundo a agência Lusa, até ao final do próximo ano deverá ser alienado 50% do Postbank, instituição na qual o Deutsche Bank entrou há sete anos e do qual possui actualmente mais de 94%.

 

Por outro lado, o Deutsche Bank decidiu apostar na vertente digital. E, segundo o El País, vai investir até 1.000 milhões de euros até 2020 neste segmento. O objectivo desta alteração de estratégia prende-se com a intenção de reduzir riscos e acelerar o plano de poupanças, acabando assim com os problemas de capital que a instituição padece.

 

Anshu Jain, co-CEO, defende, citado pelo Financial Times, que "a regulação tem sido dura nos últimos anos". "Não temos ilusões, pensamos que vai continuar a ser um importante desafio".

 

As opiniões dos analistas sobre este plano de reestruturação não são consensuais. Kinner Lakhani, do Citigroup, numa nota aos clientes citada pela Bloomberg, considera que este plano tem, a médio prazo, potencial de subida. "Contudo, qualquer desempenho de curto prazo está dependente da convicção da gestão sobre o tempo e a execução, particularmente nas poupanças nos custos".

 

Christopher Wheeler, da Atlantic Equities à Bloomberg Tv, afirmou que "este é um plano pragmático simples", acrescentando que poderá não ser suficiente. 

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