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PSD coloca ónus sobre CGD em António Costa. "Não pode dar à sola"

Luís Montenegro defende que o Governo não dá informação e não é transparente sobre o dossiê CGD. O PSD diz que há muitas perguntas por responder, uma delas o motivo para a demissão de António Domingues.

Miguel Baltazar
28 de Novembro de 2016 às 12:26
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O Partido Social Democrata coloca em António Costa a responsabilidade de explicar a demissão de António Domingues da presidência da Caixa Geral de Depósitos.

 

"O primeiro-ministro não pode dar à sola e não assumir as suas responsabilidades quando enfrenta dificuldades", afirmou Luís Montenegro em conferência de imprensa esta segunda-feira, 28 de Novembro.

 

O líder da bancada social-democrata criticou as declarações de António Costa esta segunda-feira, onde revelou que vai propor um novo nome para a presidência da CGD ainda esta semana mas onde não assumiu, segundo Montenegro, quais responsabilidades.


"A demissão da administração da CGD não paga nem os deveres de entrega da declaração dos respectivos rendimentos nem os deveres de explicação da administração e do Governo aos portugueses", frisou o responsável do PSD aos jornalistas, no Parlamento. 

 

Neste aspecto, Luís Montenegro afirmou que o Parlamento vai ter de procurar explicações: "a demissão não apaga os deveres de escrutínio e competência fiscalizadora que cabe ao Parlamento exercer". Aqui, o deputado social-democrata voltou a colocar o ónus em António Costa: "Quero dizer-vos que o senhor primeiro-ministro tem muito a explicar". Costa é "o actor principal deste filme, o mentor de toda a estratégia".

 

"O que verdadeiramente causa instabilidade, que não dá confiança nem aos agentes económicos e ao país, é a falta de informação e de transparência de todo este dossiê", declarou ainda o líder da bancada parlamentar do PSD.

 

Luís Montenegro deixou ainda um leque de perguntas ao Executivo, querendo saber o motivo pelas demissões de António Domingues e de outros seis administradores. Além disso, apostou naqueles que, nos últimos dias, têm sido os argumentos do PSD: há ou não conflito de interesses por Domingues ter negociado em nome do Governo em Bruxelas sobre a CGD quando ainda era vice-presidente do BPI.

O CDS também já tinha deixado críticas à actuação do Governo sobre o banco com capitais exclusivamente estatais. O PCP e o PSD responsam com ataques à actuação da direita. 

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