Notícia
Bloco: demissão de António Domingues "só peca por tardia"
Na opinião de Mariana Mortágua, "quem não reconhece a lei não serve para a Caixa Geral de Depósitos", defendendo que "quem se demite por não estar disposto às regras de transparência a que o cargo obriga, nunca esteve à altura de assumir esse cargo".
27 de Novembro de 2016 às 23:23
A deputada do BE Mariana Mortágua considerou este domingo, 27 de Novembro, que a demissão de António Domingues da presidência da Caixa Geral de Depósitos "já só peca por tardia" porque "quem não reconhece a lei não serve" para o banco público.
"A demissão de António Domingues da presidência da administração da Caixa Geral de Depósitos já só peca por tardia. O inexplicável arrastamento deste processo ao longo de três meses foi prova de uma irresponsabilidade que agora se encerra", disse Mariana Mortágua numa declaração na sede do BE, em Lisboa.
Na opinião da deputada bloquista, "quem não reconhece a lei não serve para a Caixa Geral de Depósitos", defendendo que "quem se demite por não estar disposto às regras de transparência a que o cargo obriga, nunca esteve à altura de assumir esse cargo.
Questionada pelos jornalistas sobre se Mário Centeno deveria apresentar a demissão do cargo de ministro das Finanças, Mariana Mortágua escusou-se a responder directamente, dizendo apenas que, para o BE, "o importante é que este processo seja terminado o mais rapidamente possível, que a nova administração possa tomar posse, que o processo de recapitalização se conclua e que a Caixa continue a desempenhar aquele que é o seu papel na economia portuguesa".
"O que é importante é que todo esse processo se encerre muito rapidamente e que a Caixa possa finalmente cumprir o seu desígnio de ajuda à economia portuguesa", respondeu, perante a insistência dos jornalistas.
A deputada bloquista recordou que, ao longo destes meses, António Domingues ouviu o Presidente da República, o primeiro-ministro, o parlamento e o Tribunal Constitucional a defender a entrega da declaração de rendimentos.
"Como reafirmámos na passada quinta-feira, o BE dará sempre o seu voto favorável a qualquer iniciativa que garanta mecanismos reforçados de transparência e que impeça interpretações de ambiguidade da lei", disse, justificando assim o voto do BE de quinta-feira ao lado do PSD e do CDS-PP que viabilizou uma proposta de alteração dos sociais-democratas que obriga os administradores da CGD a apresentarem as declarações de rendimentos no Tribunal Constitucional.
Para o BE, continuou Mariana Mortágua, "a luta pela transparência e pelo interesse público" é uma das razões pelas quais existe o partido.
"É necessário um novo Conselho de Administração seja capaz de prosseguir o processo de recapitalização, mas também cumprir esse mandato cumprindo a lei e as regras de transparência exigíveis a titulares de cargos públicos desta importância", defendeu.
A deputada bloquista aproveitou ainda para criticar PSD e CDS-PP por terem adiado o processo de recapitalização numa tentativa de fragilização da Caixa, tendo tido então como objectivo a privatização do banco público.
"A actual maioria parlamentar criou condições para o processo de recapitalização pública. Este processo foi fragilizado pelo incumprimento das obrigações de transparência da administração", lamentou.
O presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos, António Domingues, apresentou a demissão do cargo, anunciou hoje o Ministério das Finanças em comunicado.
"O Governo foi informado pelo Presidente do Conselho Fiscal da Caixa Geral de Depósitos da renúncia apresentada pelo Presidente do Conselho de Administração, António Domingues, renúncia essa que o Governo lamenta", lê-se no comunicado.
"A demissão de António Domingues da presidência da administração da Caixa Geral de Depósitos já só peca por tardia. O inexplicável arrastamento deste processo ao longo de três meses foi prova de uma irresponsabilidade que agora se encerra", disse Mariana Mortágua numa declaração na sede do BE, em Lisboa.
Questionada pelos jornalistas sobre se Mário Centeno deveria apresentar a demissão do cargo de ministro das Finanças, Mariana Mortágua escusou-se a responder directamente, dizendo apenas que, para o BE, "o importante é que este processo seja terminado o mais rapidamente possível, que a nova administração possa tomar posse, que o processo de recapitalização se conclua e que a Caixa continue a desempenhar aquele que é o seu papel na economia portuguesa".
"O que é importante é que todo esse processo se encerre muito rapidamente e que a Caixa possa finalmente cumprir o seu desígnio de ajuda à economia portuguesa", respondeu, perante a insistência dos jornalistas.
A deputada bloquista recordou que, ao longo destes meses, António Domingues ouviu o Presidente da República, o primeiro-ministro, o parlamento e o Tribunal Constitucional a defender a entrega da declaração de rendimentos.
"Como reafirmámos na passada quinta-feira, o BE dará sempre o seu voto favorável a qualquer iniciativa que garanta mecanismos reforçados de transparência e que impeça interpretações de ambiguidade da lei", disse, justificando assim o voto do BE de quinta-feira ao lado do PSD e do CDS-PP que viabilizou uma proposta de alteração dos sociais-democratas que obriga os administradores da CGD a apresentarem as declarações de rendimentos no Tribunal Constitucional.
Para o BE, continuou Mariana Mortágua, "a luta pela transparência e pelo interesse público" é uma das razões pelas quais existe o partido.
"É necessário um novo Conselho de Administração seja capaz de prosseguir o processo de recapitalização, mas também cumprir esse mandato cumprindo a lei e as regras de transparência exigíveis a titulares de cargos públicos desta importância", defendeu.
A deputada bloquista aproveitou ainda para criticar PSD e CDS-PP por terem adiado o processo de recapitalização numa tentativa de fragilização da Caixa, tendo tido então como objectivo a privatização do banco público.
"A actual maioria parlamentar criou condições para o processo de recapitalização pública. Este processo foi fragilizado pelo incumprimento das obrigações de transparência da administração", lamentou.
O presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos, António Domingues, apresentou a demissão do cargo, anunciou hoje o Ministério das Finanças em comunicado.
"O Governo foi informado pelo Presidente do Conselho Fiscal da Caixa Geral de Depósitos da renúncia apresentada pelo Presidente do Conselho de Administração, António Domingues, renúncia essa que o Governo lamenta", lê-se no comunicado.