Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

CGD: Portugueses dividem culpas entre gestores e Governo

A administração, Mário Centeno e António Costa são responsabilizados pelo impasse no banco público, enquanto 64% aplaudem a intervenção de Marcelo, segundo estudo da Católica.

Cátia Barbosa/Negócios
28 de Novembro de 2016 às 09:16
  • 11
  • ...

Os portugueses repartem as responsabilidades pela polémica na Caixa Geral de Depósitos entre os administradores do banco e os principais responsáveis políticos, segundo um estudo do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica feito para o DN, JN, RTP e Antena 1.

 

Questionados sobre quem é o principal responsável pelo impasse que se gerou no banco público, 36% dos inquiridos respondem a administração liderada até agora por António Domingues. Por outro lado, um total de 31% prefere apontar o dedo ao Governo, sendo que 16% culpam o ministro das Finanças, Mário Centeno, e 15% o próprio primeiro-ministro, António Costa.

 

Estas respostas resultaram de 977 inquéritos válidos realizados entre 19 e 22 de Novembro. A divulgação deste estudo de opinião aconteceu esta segunda-feira, 28 de Novembro, poucas horas depois de ser conhecido o pedido de demissão do presidente da Caixa na sequência da polémica sobre a entrega das declarações de património.

 

Como o Negócios noticiou, António Domingues demitiu-se por considerar ter falta de apoio do Governo e do Presidente da República. O gestor estaria disposto a entregar as declarações de património, mas queria que António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa declarassem publicamente que, entregues esses elementos, a confiança nele estava intacta, ou seja, que a sua idoneidade permanecia intacta.

 

O ex-administrador do BPI, que o Governo colocou a liderar a CGD, considerou que a aprovação no Parlamento da proposta que obriga à entrega das declarações a partir de 1 de Janeiro, independentemente do que o Tribunal Constitucional viesse a decidir, foi a prova material da falta de empenhamento quer do chefe do Governo, quer do chefe de Estado.

 

O inquérito da Católica, porém, parece isentar de culpas o Palácio de Belém. Para 64% dos inquiridos, o papel de Marcelo neste processo foi bom (54%) ou muito bom (10%), com apenas 12% a chumbarem a intervenção presidencial. Quase um em cada quatro portugueses (24%) não tem opinião sobre este assunto ou recusa responder às perguntas sobre as responsabilidades neste impasse e sobre o comportamento do Presidente.

Entretanto, na manhã desta segunda-feira, mais seis administradores comunicaram a renúncia aos cargos, ficando a gestão apenas com quatro elementos. Segundo a informação enviada à CMVM, os nomes dos gestores que acompanham Domingues na porta de saída são Emídio Pinheiro, Henrique Cabral Menezes, Paulo Rodrigues da Silva, Pedro Norton, Angel Corcóstegui Guraya e Herbert Walter – os três últimos são não executivos.

Ver comentários
Saber mais Caixa Geral de Depósitos António Domingues António Costa Mário Centeno declaração de património demissão Marcelo Rebelo de Sousa inquérito CESOP Universidade Católica
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio