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Costa promete nome para a Caixa esta semana
O primeiro-ministro já reagiu à saída de António Domingues da Caixa e recusou falta de confiança política do Governo na administração cessante na CGD.
"Esta semana apresentaremos o nome", disse o primeiro-ministro aos jornalistas à margem de uma visita à fábrica da Peugeot, em Mangualde. A escolha do Governo tem de ser apresentada ao Mecanismo Único de Supervisão, que tem de o aprovar. É "um processo demorado", explicou o líder do Governo, já que não depende apenas de decisão do Executivo. Por este motivo, o primeiro-ministro rejeitou entrar em especulações sobre os nomes que podem vir a suceder a António Domingues.
Durante este período de espera por um desfecho em relação à Caixa, o Negócios noticiou que o Governo já estava a preparar um plano B para uma eventual saída de António Domingues. Entre os nomes falados estavam Paulo Macedo, ex-ministro da Saúde de Passos Coelho (este era o nome preferido), Carlos Tavares, ex-presidente da Comissão de Mercado e Valores Mobiliários e Nuno Amado, actual presidente do BCP. O Público adiantou depois que o nome de Paulo Macedo estava guardado para a vice-presidência do Banco de Portugal e que só seria usado - para a Caixa - perante a ausência de alternativas.
O primeiro-ministro rejeitou ainda a ideia de que houvesse falta de confiança política do Governo na administração que está de saída.
"Se não houvesse confiança política, o accionista procedia à demissão da administração", explicou. O Negócios adianta na edição desta segunda-feira que por trás da decisão da demissão de Domingues terá estado uma alegada falta de confiança política por parte de Costa e Marcelo para com o presidente da Caixa e que a aprovação no Parlamento de legislação que torna a entrega da declaração de património obrigatória será vista por Domingues como a prova material dessa falta de empenhamento.
Costa disse ainda que o que "essencial na Caixa está feito" - referindo-se ao plano de recapitalização -, acrescentando que este processo é "absolutamente independente" da decisão da administração de sair. "Não é uma administração que não se fixou que vai fragilizar a imagem da Caixa", assegurou. (Notícia actualizada às 11:40)