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Onde andaram os auditores do BES? "Em cima dos acontecimentos", diz KPMG
O presidente da KPMG Portugal, auditora do BES, defende que, desde 2012, tem acompanhado os desenvolvimentos do banco. E que sempre foi alertando para riscos.
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A KPMG Portugal defende que sempre acompanhou o Banco Espírito Santo e que esteve sempre "em cima dos acontecimentos". Foi isto que Sikander Sattar, presidente da KPMG, disse aos deputados na audição desta terça-feira, 2 de Dezembro, da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.
Essa é a resposta que Sattar dá quando ouve perguntar "onde andaram os auditores?". "A KPMG andou a analisar, a detectar, a identificar, a verificar, a quantificar e a recomendar, em cima dos acontecimentos, para que os dados fossem devidamente reflectidos nas contas".
Na intervenção inicial, Sikander Sattar explicou que a KPMG é auditora exclusiva da área financeira do Grupo Espírito Santo desde 2002 (BES e Espírito Santo Financial Group). E diz que desde 2012 levantou ênfases sobre operações que se poderiam revelar prejudiciais pela exposição do banco à área não financeira do mesmo grupo.
Aliás, o presidente da auditora diz que sempre foi analisando o banco e levantando as dúvidas que, nos resultados relativos ao primeiro semestre, vieram a relevar as operações "complexas" em que o banco emitia dívida, aceitando perdas, para financiar o ramo não financeira do GES.
Sattar relatou longas reuniões com os supervisores e os administradores do BES em que avisou sobre os riscos do banco para defender que fez o seu trabalho.