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Marcelo apela "à compreensão das autoridades europeias" para a banca portuguesa
O Presidente da República apelou a que as autoridades europeias aliem "inteligência e rigor à compreensão dos factos e equilíbrio subtil na avaliação" dos problemas da banca portuguesa. Marcelo Rebelo de Sousa deu assim força ao pedido de excepção feito minutos antes pelo governador.
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"A afirmação da Europa implica soluções sensata", concluiu o Presidente da República, no seu discurso na conferência sobre banca organizado pela APB e pela TVI. Marcelo Rebelo de Sousa apelou mesmo a que as "autoridades europeias sejam capazes de aliar inteligência e rigor à compreensão dos factos e equilíbrio súbito na sua avaliação da banca portuguesa".
O presidente da República apoiou, desta forma, o pedido de excepção feito poucos minutos antes pelo governador do banco de Portugal, para que Bruxelas dê uma excepção à Portugal para que seja criado um mecanismo destinado a limpar o balanço dos bancos dos activos não rentáveis.
Rebelo de Sousa deixou uma palavra de apoio à necessidade de resolver o problema "dos activos não produtivos" da banca e apelou a que se encontre uma "fórmula que não implique avançar com modelos de duvidosa exequibilidade". Mas não especificou uma solução em concreto.
Marcelo aproveitou ainda a intervenção da responsável pelo Conselho Único de Resolução, Elke Konig, que reconheceu que o sistema europeu de resolução de bancos "é novo", pelo que é necessário "aprender fazendo".
Este mecanismo "exige um 'fine tuning' altamente sensível, como tudo o que é novo. Não há soluções perfeitas e definitivas", sublinhou o Presidente da República, mais uma vez sublinhando a necessidade de abertura e flexibilidade das autoridades europeias.
Rebelo de Sousa apoiou ainda Carlos Costa na defesa da saída do poder de resolução de bancos do Banco de Portugal. "Deixo uma palavra para a autonomia institucional da resolução face ao Banco de Portugal, também desejada pelo governador", defendeu o PR.
(Notícia actualizada às 11:19)