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BCE obriga grandes bancos nacionais a reduzir crédito malparado

O presidente da KPMG declarou que o Mecanismo Único de Supervisão está a definir metas de diminuição dos créditos malparados nas instituições financeiras. 

Bruno Simão
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O Banco Central Europeu quer que os grandes bancos diminuam o peso do crédito malparado, segundo revelou Sikander Sattar (na foto), o presidente da auditora KPMG. 

 

"O Mecanismo Único de Supervisão está a avaliar e a atribuir targets e objectivos para que haja uma redução dos NPL [crédito malparado] para cada instituição", declarou o líder da KPMG, uma das grandes quatro auditoras globais.

 

Na conferência organizada pela Associação Portuguesa de Bancos e TVI, intitulada "O presente e o futuro do sector bancário", Sattar defendeu que haverá "objectivos muito claros" para os maiores bancos portugueses no seio desta "análise do risco do crédito" que será coordenada e supervisionada pelo Mecanismo Único de Supervisão (que tem o Banco Central Europeu como principal figura, em coordenação com as autoridades de supervisão nacionais).

 

Segundo Sattar, que foi o auditor do Banco Espírito Santo e do BES Angola, motivo pelo qual foi chamado por duas vezes à comissão de inquérito ao BES, a proporção máxima aceitável para crédito malparado é de 12% da carteira de crédito total. Os dados divulgados pelo líder da KPMG revelam que a média do sector em Portugal é de 15%, o que obriga à tal redução.

 

O excesso de crédito malparado tem pesado nas contas dos bancos, cujos resultados têm sido penalizados pela necessidade de constituir imparidades que sirvam para pagar futuras perdas nos empréstimos concedidos. Aliás, um dos motivos para a constituição de um veículo ao género de banco "mau" seria para libertar os bancos do peso do crédito malparado. E o governador Carlos Costa solicitou um tratamento especial a Portugal para o tratamento desta questão. 

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