Notícia
Líder dos bancos critica posição do BCE sobre África
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Fernando Faria de Oliveira, critica a posição do Banco Central Europeu perante a exposição de Portugal a países africanos, como Angola.
"A penalização da presença [dos bancos portugueses] em África é um aspecto a assinalar", começou por dizer Faria de Oliveira na conferência "O presente e o futuro do sector bancário", que se realiza esta terça-feira, 17 de Maio.
O não reconhecimento, "pelas autoridades europeias", da equivalência de supervisão a países como Angola penaliza os bancos nacionais, já que muitos tinham aí presença e tiver de reduzir o seu peso (o BPI é o principal exemplo, num caminho que ainda não está concluído).
Segundo Faria de Oliveira, esta postura de Frankfurt impede que as instituições financeiras nacionais consigam "tirar benefícios da vantagem competitiva" que têm por estar presentes nesse mercado.
"O nível de interdependência [de Portugal e dos bancos] com estas economias aumentou ao longo dos anos", explicou, falando tanto nos fluxos financeiros como na emigração. Manter e aprofundar a relação é natural e benéfico para o sistema bancário e para o país", concluiu.
Na sua intervenção, Faria de Oliveira fez um diagnóstico da situação da banca nacional, defendendo que o ponto de partida da banca portuguesa para a recuperação foi débil.