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Fosun entra no BCP a 1,1089 euros e passa a ser o maior accionista

A administração do BCP deu aval à entrada do grupo chinês. O aumento de capital particular, que permitirá ficar com 16,7% do banco, representa um investimento de 175 milhões. A Fosun não pode sair durante três anos do banco.

O grupo liderado por Guo Guangchang vai passar a ser o maior accionista do BCP
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O Banco Comercial Português já aprovou a entrada da Fosun no seu capital. O conglomerado chinês passa a principal accionista, com 16,7%. O passo foi possível depois da autorização dada pelo Banco Central Europeu.

 

Segundo apurou o Negócios, o conselho de administração do BCP, órgão onde têm assento os principais accionistas (Sonangol, Sabadell, EDP), aprovou o acordo para a entrada da Fosun por unanimidade.

 

A entrada no banco liderado por Nuno Amado é concretizada através de um aumento de capital reservado ao grupo que detém a Fidelidade e a Luz Saúde em Portugal. Na operação, a Fosun paga 1,1089 euros por cada acção do BCP, num esforço de 175 milhões de euros. No final, o investidor fica com 16,7% do capital e assume o lugar de maior accionista do BCP, até aqui ocupado pela angolana Sonangol.

 

O preço por acção do aumento de capital encontra-se 26% abaixo do preço máximo que a Fosun tinha assumido vir a pagar (1,5 euros por acção) quando, a 29 de Julho, foi revelado o anúncio. Assim, o investimento é de 175 milhões, abaixo dos 236 milhões de euros definido como valor máximo nesta fase do investimento. A cotação do aumento de capital reservado à Fosun é 11% inferior aos 1,249 euros a que o banco encerrou a sessão de sexta-feira.

 

A aprovação por parte do conselho de administração foi possível depois da autorização do Banco Central Europeu em relação à aquisição de uma participação qualificada no BCP pela Fosun. Esta era uma das sete condições impostas pelo grupo em Julho que ainda estava por cumprir, a par da subida dos limites de voto. Esta última continua por resolver.

 

A assembleia-geral do BCP que iria aprovar o aumento dos limites aos direitos de voto de 20% para 30% estava agendada para 21 de Novembro mas foi adiada para 19 de Dezembro. Sabe-se que a Sonangol pediu também autorização ao BCE para subir a fasquia dos 20% mas ainda não houve uma resposta. 

 

Fosun fica pelo menos três anos 

 

Esta participação qualificada da Fosun vai ter de manter-se por três anos, já que este é o período em que as acções ficam bloqueadas no âmbito do acordo entre o grupo e o banco privado.

 

Segundo sabe o Negócios, o grupo chinês, autorizado a ficar com 16,7% do capital, mantém e reforça a intenção de ascender a 30% do capital. O que, neste momento, ainda não é possível, tendo em conta o adiamento da assembleia-geral.  

 

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