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Fosun quer usar BCP como plataforma para se expandir na Europa e África
A Fosun acredita que, além de contribuir para o reforço do BCP, a aquisição de 16,7% do banco vai ajudá-la "a entrar nos mercados financeiros da Polónia, Moçambique, Angola e Suíça rapidamente".
O BCP vai permitir à Fosun ganhar maior músculo internacional. O grupo chinês refere mesmo que o banco liderado por Nuno Amado pode tornar-se numa plataforma de serviços financeiros que dêem gás a essa presença global.
"É expectável que o BCP se torne um investimento importante do grupo com a conclusão da transacção e se torne numa ampla plataforma de serviços financeiros que ajudem o grupo a expandir a sua actividade na Europa e em África", indica o grupo chinês num comunicado colocado no site do grupo chinês.
A Fosun, presidida por Guo Guangchang (na foto), tem já perspectivas para a instituição financeira portuguesa, onde detém 16,7% através do investimento de 175 milhões de euros: "O grupo prevê aplicar as suas capacidades de investimento e outros recursos para ajudar o banco a melhorar o seu vasto negócio financeiro relacionado com a região da Grande China e melhorar ainda a rentabilidade do banco".
O grupo chinês quer estender a sua própria rede internacional e a compra da posição no BCP – e eventual aumento até uma parcela de 30% – vai também "ajudar o grupo a entrar nos mercados financeiros da Polónia, Moçambique, Angola e Suíça rapidamente".
Em relação a Portugal, o conglomerado chinês que controla a Fidelidade e a Luz Saúde acredita que poderá ajudar a reforçar a quota de mercado do grupo BCP. Um dos pontos do memorando de entendimento assinado entre a gestão de Nuno Amado e o grupo chinês é o de vir a ter acordos de parceria na área seguradora mas apenas fora de Portugal.
A Fosun terá de permanecer no BCP pelo menos por três anos e, embora tenha 16,67%, o objectivo é chegar aos 30% seja através de aumentos de capital a ela reservadas seja através de compras em mercados secundários.