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BCP volta às quedas. Efeito Fosun não durou uma sessão

Depois de confirmada a entrada dos investidores chineses no banco liderado por Nuno Amado, a instituição chegou a valorizar 6% em bolsa esta segunda-feira, 21 de Novembro. Mas os títulos fecharam em queda.

Miguel Baltazar/Negócios
21 de Novembro de 2016 às 16:44
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Na primeira sessão depois de a administração do BCP ter aprovado a entrada da companhia chinesa Fosun – um investimento de 175 milhões de euros por 16,7% do capital -, os títulos do banco chegaram a disparar para máximos de quase um mês, mas encerraram em queda.


Os ganhos do BCP, que chegaram a atingir 6% ao longo da sessão, foram esmorecendo até inverter para quedas nos últimos três quartos de hora de negociação em Lisboa. Encerraram a perder 0,72% para 1,24 euros. Desde a fusão das acções, o BCP conseguiu fecharam em alta apenas em sete sessões, encerrando no vermelho nas restantes 14.

A aquisição, conhecida este domingo, pressupõe pagar 1,1089 euros por acção, um valor 11,2% abaixo da cotação de fecho da última sessão (sexta-feira), que permitiu aos chineses pouparem 61 milhões de euros em relação ao preço máximo que se tinham disponibilizado a pagar.

O valor é considerado "desapontante" pelo Haitong, mas permitirá, em contrapartida, um financiamento em melhores condições do que a ida ao mercado e reforçar também os seus rácios.

Durante a sessão desta segunda-feira trocaram de mãos quase 5,2 milhões de acções, um valor que fica 32,5% acima dos 3,9 milhões de acções transaccionadas em média, por dia, ao longo dos últimos seis meses.

Além da notícia da aquisição pelos donos da Fidelidade e da Luz Saúde, o domingo ficou ainda marcado pelo novo adiamento da data assembleia-geral da instituição para 19 de Dezembro, para discutir a desblindagem dos estatutos e o aumento do limite de votos para 30%.

Além disso, o comentador televisivo Luís Marques Mendes avançou que é intenção do banco devolver, o mais tardar até Fevereiro de 2017, 750 milhões de euros em CoCos, os instrumentos híbridos que serviram para capitalizar o banco em Junho de 2012. 

Com a compra - aprovada por unanimidade pelo conselho de administração do BCP, órgão onde têm assento os principais accionistas (Sonangol, Sabadell, EDP) - a Fosun passa a ser o maior accionista do banco. Depois da participação no aumento de capital reservado ficará na instituição pelo menos por três anos e mantém a intenção de ampliar a presença no capital para os 30%, o que depende da desblindagem em AG.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

(Notícia actualizada às 17:04 com mais informação)

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