"De acordo com o artigo 17º do Código dos Valores Mobiliários, o Banco Comercial Português, S.A. (BCP) informa ter recebido no dia 22 de Novembro de 2016, uma comunicação da Chiado (Luxembourg) S.à.r.l, a informar que a 18 de Novembro de 2016, passou a ter uma participação qualificada no BCP, composta por 157.437.395 acções representativas de 16,7% do capital social e dos direitos de voto do BCP".

Esta é a primeira alteração anunciada pelo banco liderado por Nuno Amado depois do aumento de capital reservado à Fosun. O grupo chinês investiu 175 milhões de euros na compra de uma participação de 16,7% da instituição financeira na operação que foi feita através da empresa sediada no Luxemburgo denominada Chiado.

O aumento de capital do BCP afecta as participações dos accionistas já existentes já que foi uma operação que não foi acompanhada por nenhum outro investidor, pelo que o Código dos Valores Mobiliários obrigam a comunicações ao mercado quando são ultrapassados determinados limites, tanto no sentido positivo como negativo: 2%/5%/10%/15%.

No caso do BCP, há vários investidores cuja posição pode ter ultrapassado uma destas fasquias, caso tenham mantido as participações de Junho de 2016. A Sonangol, por exemplo, pode ter descido de 17,84% do capital social para perto de 14,8%. O Sabadell também deverá ter descido a fasquia dos 5% e o Grupo Oceânico terá, agora, uma participação abaixo de 2%. A EDP mantém-se com uma posição superior a 2%.

Se estas alterações se concretizarem, têm de ser comunicadas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários "no prazo máximo de quatro dias de negociação após o dia da ocorrência do facto ou do seu conhecimento". O aumento de capital realizado pela Fosun na instituição financeira foi realizado a 18 de Novembro.