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S&P: Entrada da Fosun não mexe no "rating" do BCP  

A agência manteve a notação financeira do banco português depois de analisar o impacto da entrada da Fosun no capital.  

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A Standard & Poor’s manteve o rating do BCP em "B+", com um "Outlook" positivo, com a agência de notação financeira a assinalar que o aumento de capital de 175 milhões de euros para acomodar a entrada da Fosun não tem a dimensão suficiente para que seja adoptada uma "visão mais positiva" sobre o impacto da operação.

 

Além disso esta agência de notação norte-americana realça que o perfil da Fosun - em "transição de um conglomerado industrial para uma holding de investimento" - e a sua limitada presença no sector financeiro, bem como a pequena parcela que o BCP representa nos investimentos do grupo chinês, fazem com que seja improvável que o banco liderado por Nuno Amado venha a beneficiar de um aumento de "rating" unicamente devido à entrada da Fosun no seu capital. 

A agência de "rating" considera que o aumento de capital de 175 milhões de euros decorrente do investimento feito pela Fosun em títulos accionistas do banco português "não é suficientemente grande" para levar a S&P a fazer uma avaliação mais positiva do nível de capitalização do BCP. Mesmo assim a S&P nota que este aumento de capital confere ao BCP "alguma flexibilidade" para que o maior banco português possa acomodar o pagamento dos 750 milhões de euros em CoCo's que o BCP ainda deve ao Estado português. 

Contudo, tendo em conta a Fosun é já o maior accionista do BCP e que pretenderá elevar a sua participação até aos 30% do capital da instituição, a S&P antevê que o grupo chinês que em Portugal já detém a Fidelidade e a Luz Saúde tenha um papel interveniente no dia-a-dia do banco. A agência de notação destaca que a Fosun já solicitou estar representa no conselho de administração. 

A S&P acredita que a aposta da Fosun no BCP é, pelo menos, uma aposta de médio prazo, pelo que não acredita que o grupo chinês venha a colocar em causa o plano de reestruturação do banco que está em curso e que mereceu luz verde da parte da Comissão Europeia. 

Ao reiterar o "rating" do BCP a Fosun considera que está a reflectir a presença "sólida" do banco no mercado português, os benefícios decorrentes da "diversificação geográfica" e da rentabilidade da sua operação na Polónia (Millenium Bank), bem como o "progresso" já alcançado com o seu plano de reestruturação.

Por fim, a S&P explica que a perspectiva "positiva" atribuída ao BCP implica que o "rating" do banco pode ser aumentado nos próximos 12 a 18 meses. Para o fazer esta agência destaca alguns factores que teriam de ser verificados: maior diversificação das fontes de financiamento do banco, a melhoria da rentabilidade da operação da instituição no mercado português ou ainda a estabilização do sistema financeiro em Portugal, o que "facilitará a descida dos custos de financiamento e acesso ao mercado de capitais".

(notícia actualizada às 14:33 com mais informações)

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