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BCP volta a valer menos de mil milhões de euros
As cinco sessões que se seguiram à fusão de acções foram negativas para o BCP. O banco, que foi a cotada que impediu um ganho mais expressivo de Lisboa esta sexta-feira, recuou 10 cêntimos desde a abertura da semana.
O Banco Comercial Português voltou a perder terreno pela quinta sessão consecutiva. O comportamento, registado desde que se concretizou a fusão de acções, já conduziu a instituição financeira a um valor de mercado abaixo de mil milhões de euros.
A capitalização bolsista do banco cifrou-se em 984 milhões de euros no fecho da sessão desta sexta-feira, 28 de Outubro. Este valor resulta da multiplicação do valor da acção, 1,25 euros no fecho da sessão, com os 787 milhões de títulos que representam o capital do BCP.
Este valor de mercado do banco privado não foi afectado directamente pela fusão de 75 acções numa só nova acção do banco, que decorreu entre sexta-feira e segunda-feira passadas. O que aconteceu foi que o número de acções foi reduzido e o valor de cada uma delas aumentou – foi assim que o banco deixou de ser uma "penny stock", ou acção de cêntimo, para cotar em euros. A capitalização bolsista ficou intacta com o reagrupamento de acções.
Só que, embora a operação não tenha tido impacto, a verdade é que, desde que ocorreu, o BCP só conhece um sentido no fecho dos mercados: o negativo. Desde segunda-feira, perdeu sempre terreno.
Na segunda-feira, a primeira cotação do BCP foi 1,35 euros. Agora, a última cotação foi de 1,25 euros. Foram 10 cêntimos por acção. Ou perto de 78 milhões de euros de capitalização.
Nem a divulgação dos resultados do Bank Millennium, banco polaco detido em 50,1% pelo Banco Comercial Português, que verificou um aumento de 15,5% do resultado líquido de 569,8 milhões de zlotys (130,3 milhões de euros) nos primeiros nove meses do ano, impediu este comportamento.
Na sessão de sexta-feira, o banco presidido por Nuno Amado perdeu 2,33% da cotação. Foi o desempenho que impediu um maior ganho do índice de referência da bolsa nacional, que somou uns ligeiros 0,01%. Na Europa, a negociação foi mista numa época em que o destaque foi a apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano.
O BCP continua à espera da concretização do investimento da Fosun, que se propõe a adquirir 16,7% do banco e está disposto a aumentar a sua posição, depois, para 30%.