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Estado injectou 90 milhões no Efisa

O Estado, através da Parparticipadas, injectou 90 milhões de euros no Efisa nos últimos dois anos. Injecção de 12,5 milhões feita em Janeiro foi a última antes da venda do antigo banco de investimento do BPN à Pivot.

Bruno Simão/Negócios
01 de Fevereiro de 2016 às 16:16
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O Estado injectou um total de 90 milhões de euros no Banco Efisa nos últimos dois anos. O mais recente aumento de capital foi realizado já em Janeiro e levou a Parparticipadas, veículo público que ficou com sociedades que pertenciam ao antigo BPN, a entrar com mais 12,5 milhões, elevando o capital do banco de investimento a 115,5 milhões de euros.

 

Segundo o presidente da Parparticipadas, "não haverá qualquer outro aumento de capital" a assegurar pelo veículo pertencente ao Estado, antes da concretização da venda do Efisa à Pivot SGPS.

 

Em resposta escrita às questões do Negócios, Bruno de Castro Henriques explicou ainda que este último reforço de capital "estava há muito previsto e faz parte do plano de capitalização do banco para garantir o cumprimento de todos os rácios legais e de supervisão junto das entidades de regulação".

 

A Parparticipadas, criada em 2010, ficou com o Banco Efisa, entre outras sociedades do antigo BPN, com o objectivo de vender o banco de investimento. No entanto, até encontrar um comprador para a instituição, foi necessário injectar um total de 90 milhões de euros no banco.

 

O primeiro aumento de capital decorreu em Julho de 2014, altura em que a Parparticipadas se comprometeu a injectar 37,5 milhões de euros. Deste reforço, 12,5 milhões foram realizados de imediato e os restantes 25 milhões foram sendo injectados nos meses seguintes.

 

Já em 2015, de acordo com as operações registadas, o Efisa fez três aumentos de capital, um de 15 milhões e dois no valor de 12,5 milhões de euros cada. Já este ano, o banco recebeu mais 12,5 milhões, elevando o seu capital a 115,5 milhões.

Venda à Pivot SGPS aguarda autorização

 

O valor mobilizado pelo Estado para o Efisa corresponde a mais do dobro dos 38,5 milhões de euros que a Pivot SGPS, "holding" de capitais angolanos e portugueses, acordou pagar pelo banco de investimento. Mas até que este investidor assuma o controlo do Efisa não está prevista qualquer outra injecção de capital, garantiu Bruno de Castro Henriques.

 

Quanto ao calendário de concretização da operação, o presidente da Parparticipadas adiantou que "o processo encontra-se a decorrer". "O investidor terá de recolher a aprovação do Banco de Portugal/Banco Central Europeu para a transacção", desconhecendo-se o prazo limite para a conclusão desta análise, referiu o gestor.

Entre os accionistas da Pivot SGPS estão investidores portugueses e africanos, como Mário Palhares, antigo vicce-governador do Banco Nacional de Angola; António Bernardo, partner da Roland Berger; e Miguel Relvas, antigo ministro-Adjunto de Pedro Passos Coelho.
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