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Comprador do Efisa pede prudência aos deputados

O deputado do PS João Paulo Correia considera que o envio de uma carta aos deputados, por parte da Aethel, maior accionista da Pivot, configura “uma ameaça velada”.

8 de Julho de 2012 - Miguel Relvas na Comissão de Assuntos Constitucionais sobre relacionamento com o antigo director do SIED
Bruno Simão/Negócios
17 de Fevereiro de 2016 às 20:17
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A Aethel, o maior accionista da Pivot - que comprou o banco Efisa -, enviou uma carta, em inglês, aos deputados. Pede prudência nas declarações feitas, para não causar danos à empresa. O Partido Socialista vê uma "ameaça velada".

"Dado o vosso estatuto enquanto funcionários públicos, acreditamos que serão prudentes ao não propagar declarações que fazem insinuações  insinuações desconcertantes e que causam danos", indica a carta, escrita em inglês, pela Aethel, de Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, a maior accionista da Pivot, que comprou ao Estado o Efisa.

O deputado do PS João Paulo Correia deixa críticas à carta, onde a Aethel defende a transparência do processo. "Achamos perigoso e inaceitável que uma empresa privada se dirija aos deputaods que estão a avaliar politicamente o processo com uma ameaça velada de que irão avaliar as consequências", diz ao Negócios.

A missiva foi enviada na sequência do pedido de audição a Miguel Relvas e Isabel Castelo Branco. O PS chama o antigo ministro do Governo de Relvas porque acredita que ele foi consultor no processo de venda do antigo banco de investimento do BPN à Pivot. Além disso, o ex-governante quer ser um dos novos acccionistas da entidade, estando a aguardar a posição do Banco de Portugal. 

Entretanto, na quarta-feira, os partidos na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa aprovaram por unanimidade a audição de Relvas e da antiga secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco. Mas antes disso, o Parlamento quer ter acesso ao relatório que analisou a alienação do banco pelo Estado e venda à sociedade Pivot, como propôs o deputado social-democrata Duarte Pacheco. O relatório foi feito pela Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial (UTAM).

A alienação teve de ser autorizada pelo Ministério das Finanças, já que significava a saída de uma sociedade da esfera pública. O Governo deu luz verde à operação em Setembro do ano passado. Depois disso, a 5 de Outubro, foi assinado o contrato de venda do Efisa à Pivot, de que agora Miguel Relvas quer ser um dos novos accionistas. 


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