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Miguel Relvas já tem 31,7% da parceira do último candidato ao Novo Banco
O ex-ministro é um dos accionistas da Pivot, que está no processo em conjunto com a Aethel. A holding em causa comprou o banco Efisa, mas a operação ainda está à espera de autorização do BCE, segundo adianta o Público desta quinta-feira, 2 de Março.
Miguel Relvas detém 31,7% da sociedade Pivot, que está, em parceria com a Aethel, na corrida à compra do Novo Banco. O jornal Público refere que o antigo número dois de Passos Coelho reforçou em 25% na holding, que comprou, em 2015, o banco Efisa, que pertencia ao universo BPN.
Esta operação está ainda à espera da luz verde do Banco Central Europeu (BCE), que, em articulação com o Banco de Portugal, ainda não validou a idoneidade da sociedade e dos seus accionistas.
Relvas comprou acções que pertenciam a António Bernardo, consultor da Roland Berger, e a Mário Palhares, do Banco de Negócios Internacional e antigo vice-governador do Banco Nacional de Angola.
Os mesmos responsáveis venderam acções, segundo o Público a Ricardo Santos Silva, ex-BESI, e a Aba Schubert que ficaram cada um com 31% da holding. Ao mesmo tempo, ambos estão juntos na Aethel Partners.
A Pivot ganhou o concurso de venda do Efisa, em 2015, por 38 milhões de euros, um valor inferior aos 77,5 milhões de euros que o Tesouro português injectou na instituição, entre 2012 e 2015.
O Público contactou Relvas sobre este assunto e o ex-ministro disse apenas "fale com o dr. Ricardo Santos Silva, fale com ele."
A Aethel entregou ao Governo uma carta de intenções a manifestar a vontade de ficar com o banco bom que resultou do antigo BES. O fundo parceiro de Relvas na Pivot já fez saber que se dispõe a investir no Novo Banco até 4 mil milhões de euros.