"Não tomámos qualquer conhecimento oficial da decisão, apenas soubemos pela comunicação social". É assim que fonte oficial da sociedade de investimento Patris lamenta a escolha da Pivot na corrida pelo Banco Efisa, que também queria comprar.

A comunicação oficial por parte da sociedade estatal que detém o Efisa foi feita esta sexta-feira: "A Parparticipadas informa que, no âmbito do processo de alienação da totalidade do capital do Banco Efisa, chegou a acordo com o candidato Pivot, sociedade de que são accionistas entidades portuguesas e estrangeiras".

A Patris quer mais dados sobre o preço oferecido pelos concorrentes e também sobre a estrutura accionista da Pivot. "Faremos comentários assim que tivermos conhecimento oficial, bem como conhecimento do valor apresentado e da estrutura accionista da proposta vencedora, a qual é desconhecida", adianta a mesma fonte autorizada da Patris, que já tinha ficado com a Real Vida Seguros do antigo BPN.

Segundo os números apurados pelo Negócios, a Patris ofereceu menos de 30 milhões de euros para um negócio que a Pivot terá proposto cerca de 38 milhões de euros.

A Pivot é uma sociedade portuguesa, constituída a 3 de Julho de 2015, para concorrer ao Efisa. Os seus accionistas são os mesmos da empresa que a assessorou, a Aethel: Ricardo Santos Silva e Aba Schubert. Contudo, tem mais nomes: Mário Palhares, antigo vice-governador do Banco Nacional de Angola, e António Bernardo, consultor da Roland Berger, também fazem parte da estrutura accionista divulgada.

A Patris, presidida por Gonçalo Pereira Coutinho, é dono da Real Vida Seguros mas também da correctora Fincor.