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Comissão de Trabalhadores da Parvalorem "preocupada" com venda do Banco Efisa

A Comissão de Trabalhadores da Parvalorem manifestou esta segunda-feira a sua preocupação com as notícias do lançamento de um novo concurso de venda do Banco Efisa por parte da Parparticipadas, pretendendo que seja assegurada a manutenção dos postos de trabalho.

Bruno Simão/Negócios
01 de Junho de 2015 às 20:35
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"Segundo informação publicada na comunicação social, a Parparticipadas lançou novo concurso de venda do Banco Efisa", lê-se num comunicado emitido pela entidade que representa os trabalhadores da Parvalorem, que acrescenta que "esta é uma situação que muito preocupa a Comissão de Trabalhadores [CT] da Parvalorem, uma vez que as alienações das empresas do ex-grupo BPN têm sido realizadas sem garantia de manutenção dos postos de trabalho, o que resultou no despedimento de muitos trabalhadores".

 

Para ilustrar, a CT apontou para "a recente alienação da BPN Crédito que resultou, menos de um mês após a venda, no despedimento de 87 trabalhadores".

 

A entidade explicou que "no caso específico da venda do Efisa, a preocupação da Comissão de Trabalhadores está sobretudo no facto de existirem muito trabalhadores da empresa que se encontram afectos à prestação de serviços a este banco", destacando que "seria importante e justo que o comprador do Banco Efisa absorvesse estes trabalhadores que, na prática, encontram-se a garantir toda a operação do banco".

 

E reforçou: "No entanto, tememos que assim não seja, uma vez que, na alienação anteriormente intentada o Estado não impôs qualquer obrigatoriedade contratual aos eventuais compradores do banco relativa aos trabalhadores da Parvalorem e a administração da empresa já anunciou despedir 70 trabalhadores após a venda".

 

A CT sublinhou que "estes receios são amplificados pelo recente despedimento colectivo verificado na Parvalorem, justificado por uma diminuição do volume trabalho, sendo que a saída do banco do perímetro da Participadas pode significar uma nova diminuição do volume de trabalho e consequentemente provocar um novo despedimento colectivo".

 

Ainda segundo aquela estrutura, "os trabalhadores que foram varridos do BPN para a Parvalorem, não assinaram nenhum contrato com esta empresa, mas o Governo atalhou esses pormenores e insiste na ilegalidade, despedindo vários e preparando-se para despedir mais".

 

E vincou que "os trabalhadores apenas assinaram contrato com o BPN, que agora se denomina Banco BIC e continuam a considerar que este é o seu legítimo vínculo laboral", frisando que o Provedor de Justiça "concordando com esta posição recomendou ao Governo que corrigisse o erro e a ilegalidade, mas este ignorou a recomendação e continua a forçar despedimentos".

 

Logo, "face a este histórico, a Comissão de Trabalhadores considera que existe um risco gravíssimo para muitos mais trabalhadores da empresa", concluiu.

 

Quando o BPN foi nacionalizado, em Novembro de 2008, o Estado ficou com outros activos do grupo (sobretudo problemáticos) que foram integrados em três empresas públicas, as chamadas 'sociedades-veículo'.

 

A Parvalorem gere o crédito malparado, a Parups gere património imobiliário e Parparticipadas ficou responsável pela gestão de várias participações sociais que o grupo BPN tinha, sendo responsável pela sua alienação ou eventual liquidação.

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