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Decisão sobre venda de banco de investimento do ex-BPN empurrada para a semana

Patris ou Aethel. Uma destas sociedades deverá ficar com o Banco Efisa, do antigo BPN. Mas a decisão, prevista para esta semana, será tomada apenas no final da próxima semana.

Bruno Simão/Negócios
22 de Julho de 2015 às 19:03
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Era esperada para o início desta semana uma decisão sobre a venda do Banco Efisa, unidade de investimento que pertencia ao antigo Banco Português de Negócios (BPN) e actualmente nas mãos da sociedade estatal Parparticipadas. Mas, em princípio, a escolha entre a Patris e a Aethel deverá ser tomada apenas no final da próxima semana.

 

A informação foi avançada pelo i e pelo Diário Económico, sendo que o Negócios conseguiu também confirmar as mesmas indicações, ainda que de forma não oficial. Não há qualquer posição por parte da Parparticipadas em relação a este processo.

 

A justificar este atraso está o facto de ainda se esperar a minuta do contrato, que estará a ser trabalhada pelos assessores financeiros e legais da operação. Para tomar uma decisão, a Parparticipadas também tem de ter, nas suas mãos, o relatório final da venda.

 

Estes entraves empurram uma decisão para a próxima semana. Além disso, a operação também não se concretiza já que, sendo um banco actualmente nas mãos do Estado, o Ministério das Finanças também se terá de pronunciar.

 

A 6 de Julho, a Parparticipadas anunciou que tinha recebido três candidatos firmes à compra da instituição financeira, tendo ainda sido entregues outras cinco propostas mas não vinculativas. Os candidatos finais seleccionados foram o fundo Patris, de gestão de activos e que detém a corretora Fincor, liderada por Gonçalo Pereira Coutinho, e a Aethel Partners, sociedade de investimento britânica.

 

Após a nacionalização do BPN, houve já tentativas para vender o Efisa mas sempre frustradas. Desta vez, a operação poderá concretizar-se, já que há mais do que um interessado e houve até propostas melhoradas pelos dois candidatos finais seleccionados: o Diário Económico escreve que o preço final esperado na operação é superior a 35 milhões de euros. 

 

Depois da operação, é provável que o banco precise de um reforce os seus capitais. No final de 2014, os capitais próprios (resultado da diferença entre o activo e o passivo) ascendiam a 900 mil euros. O valor subiu para 15,9 milhões em Março com um aumento de capital de 15 milhões por parte do Estado. Foram também aumentos de capital estatais que permitiram ao banco terminar o ano passado com uma situação patrimonial positiva. Bruno de Castro Henriques, presidente da Parparticipadas, admitiu ao Negócios, em Junho, que poderia vir a ser necessário novo aumento de capital: "No entanto, se tivermos sucesso na alienação do Banco Efisa, é nossa intenção minimizar ou neutralizar essa situação". 

Em 2014, o Efisa teve prejuízos de 700 mil euros. Segundo tem sido escrito pela imprensa, o interesse na instituição tem existido pelo facto de ter uma licença bancária. 

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