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CGD está a custar uma “pipa de massa a muita gente", diz PSD. “A mim não”, responde Berardo

O comendador afirma que não foi feita mais nenhuma avaliação à Coleção Berardo. E, mesmo que isso fosse pedido, iria “custar uma pipa de massa”.

10 de Maio de 2019 às 18:11
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Joe Berardo diz não ser afetado pelos custos associados à Caixa Geral de Depósitos, num processo que tem, segundo o PSD, custado uma "pipa de massa a muita gente". 


Questionado por deputado social-democrata Duarte Marques se as obras de arte da Coleção Berardo voltaram a ser avaliadas, Berardo disse que "nada foi feito" desde então. Já sobre o motivo pelo qual esta avaliação não aconteceu, o comendador respondeu apenas que "mesmo que pedissem ia custar uma pipa de massa". 

 

"O problema é que isto [CGD] está a custar uma pipa de massa a muita gente", disse o deputado. "A mim não", respondeu Berardo. Uma declaração que acabou por gerar polémica dentro da sala de audição naquela que é a segunda comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa, esta sexta-feira, 10 de maio. 

 

"Bancos só têm títulos da Associação"

 

A CGD, BCP e Novo Banco entregaram no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa uma ação executiva para cobrar dívidas de Joe Berardo, de quase 1.000 milhões de euros. A ação tem como executados o empresário José Manuel Rodrigues Berardo (conhecido por Joe Berardo), a Fundação José Berardo, a Metalgest e a Moagens Associadas. Um dos objetivos da ação é aceder às obras de arte da Coleção Berardo, sobre a qual o empresário tem um acordo com o Estado que determina que as obras de arte estejam em exposição no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, até 2022, não podendo ser vendidas. 

 

Berardo garante, contudo, na comissão de inquérito, que os bancos "têm apenas os títulos" da Associação. "Eles sabem disso", reforça. "Um dia quando decidir vender os títulos, logo se vê o que acontece. Não vou acrescentar mais do que isso".

 

As obras de arte de Joe Berardo foram alvo de uma avaliação por parte de uma galeria de arte estrangeira, em 2009, que concluiu que valiam mais de 500 milhões de euros. Isto depois de a Christie's ter avaliado as mesmas obras, em 2006, em 316 milhões de euros.

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