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Berardo admite excessos mas recusa ser "bode expiatório"

O empresário adimite que se excedeu no "calor da discussão" que teve ligar na comissão de inquérito à CGD mas avisa que não vai aceitar "passivamente" que o transformem no "bode expiatório" dos males do sistema financeiro nacional.

Pedro Catarino
23 de Maio de 2019 às 20:00
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Joe Berardo admite, em comunicado, que se excedeu na comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos avisa que não vai aceitar "passivamente" que seja usado como ""bode expiatório" de todos os males do sistema financeiro português desde 2007.

O empresário, que depôs a comissão a 10 de maio, lamenta o facto de ninguém o ter questionado "sobre o objeto dessa mesma comissão, a recapitalização da Caixa e os atos de gestão da mesma".

A audição de Joe Berardo ficou marcada pela polémica devido a frases como "eu pessoalmente não tenho dívidas", embora seja considerado um dos maiores devedores da CGD, que emprestou 350 milhões de euros à Metalgest e à Fundação Berardo entre 2006 e 2008.

A polémica atingiu um nível extremo e o Conselho das Ordens Nacionais decidiu abrir um procedimento de inquérito para lhe retirar as condecorações de Estado.

Três semanas depois, Berardo faz um "mea culpa". "Tenho que admitir que, no calor da discussão me excedi, dando algumas respostas impulsivas e não devidamente ponderadas", lê-se no comunicado divulgado ontem.

Berardo sublinha que foi sujeito "a um intenso interrogatório regido por regras políticas que não domino nem quero dominar", as quais acabaram por influenciar o seu comportamento. O empresário argumenta que teria sido mais fácil esconder-se em "ataques de amnésia seletiva" como outros fizeram na comissão, não tendo optado por esse via por "respeito ao Parlamento e aos portugueses".

O empresário deixa ainda a garantia: "Na minha vida já estive envolvido em muitas batalhas. Esta é apenas mais uma e, por certo, não será a última .

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