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Berardo: “Se quiserem levar as comendas, levem. Até é um descanso”
O empresário desvaloriza a possível retirada das condecorações atribuídas pela Presidência da República. “Eu não tenho só essa, eu tenho nove…”
"Não pedi nenhuma condecoração. Eu não tenho só essas, eu tenho nove (...). Não pedi nada disso, nem tive influência. Eles deram-me por serviços à comunidade. Se eles quiserem levar... olhe, é um descanso", afirmou José Berardo, em declarações ao jornal Sol.
A reação do empresário madeirense surge na sequência da decisão do Conselho das Ordens Nacionais, presidido por Manuela Ferreira Leite, anunciada esta sexta-feira, 17 de maio, de avançar com um processo disciplinar contra Berardo para avaliar se o ainda comendador continua a ser merecedor das condecorações que lhe foram atribuídas por Ramalho Eanes, em 1985, e Jorge Sampaio, em 2004.
Numa reunião realizada na passada sexta-feira, no Palácio de Belém, em Lisboa, o conselho "emitiu parecer favorável à instauração de um processo disciplinar" a Joe Berardo na sequência das suas declarações perante a comissão de inquérito à gestão e recapitalização da Caixa Geral de Depósitos na Assembleia da República, "tendo em conta a posição daquele órgão de soberania".
Segundo um comunicado divulgado no portal da Presidência da República na internet, o Conselho das Ordens Nacionais "recebeu um parecer do presidente da referida comissão [Luís Leite Ramos], que constitui a posição final da Assembleia da República sobre o assunto".
A posição transmitida pelo Parlamento, tida em conta para a abertura deste processo, foi a de que "a conduta e a natureza das declarações do senhor José Berardo nesta comissão podem ser consideradas matéria relevante para avaliação do cumprimento dos deveres legais dos membros das ordens", é referido no mesmo comunicado.