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“Berardo foi financiado pela estratégia de domínio do BCP de Sócrates”

Patrick Monteiro de Barros, ex-acionista do GES, afirma em entrevista ao Jornal Económico que Berardo foi financiado sem garantias porque fez parte da estratégia de José Sócrates para ter o “domínio da banca”.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 24 de Maio de 2019 às 09:59
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Patrick Monteiro de Barros, empresário e antigo acionista do Grupo Espírito Santo, não tem dúvidas que o financiamento a Joe Berardo, sem garantias, foi feito no âmbito da estratégia então em curso do primeiro-ministro à data, José Sócrates, para "dominar os media e a banca". "A história toda – e posso dizer que sei porque abordaram-me na altura – foi uma estratégia de José Sócrates que queria dominar as mídias e a banca", contou em entrevista ao Jornal Económico.

"Financiaram-no para que o ele pudesse adquirir ações do BCP, para fazer parte de um núcleo que iria dominar o banco na linha imposta pelo primeiro-ministro de então, José Sócrates, razão pela qual ele pôs lá os seus homens de confiança, que saíram da Caixa para o BCP", acrescentou o empresário.

Sobre o BES, considera que a resolução que foi feita não foi "um erro", defendendo que deveria ter sido nacionalizado temporariamente, como foi feito com o Lloyd’s, em Inglaterra. "Considero que a resolução do BES foi um erro descomunal".

"Havia várias maneiras. Podia ter sido com uma nacionalização temporária. Os ingleses fizeram isso. Os ingleses tiveram dois bancos que hoje estão recompostos porque tiveram gente inteligente. Nós tivemos um Governo, de Passos Coelho e Albuquerque, totalmente incompetente, que obedeceu sistematicamente às ordens da DGCOm europeia [direção geral da concorrência]", acrescentou.

 

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