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“Berardo foi financiado pela estratégia de domínio do BCP de Sócrates”
Patrick Monteiro de Barros, ex-acionista do GES, afirma em entrevista ao Jornal Económico que Berardo foi financiado sem garantias porque fez parte da estratégia de José Sócrates para ter o “domínio da banca”.
Patrick Monteiro de Barros, empresário e antigo acionista do Grupo Espírito Santo, não tem dúvidas que o financiamento a Joe Berardo, sem garantias, foi feito no âmbito da estratégia então em curso do primeiro-ministro à data, José Sócrates, para "dominar os media e a banca". "A história toda – e posso dizer que sei porque abordaram-me na altura – foi uma estratégia de José Sócrates que queria dominar as mídias e a banca", contou em entrevista ao Jornal Económico.
"Financiaram-no para que o ele pudesse adquirir ações do BCP, para fazer parte de um núcleo que iria dominar o banco na linha imposta pelo primeiro-ministro de então, José Sócrates, razão pela qual ele pôs lá os seus homens de confiança, que saíram da Caixa para o BCP", acrescentou o empresário.
Sobre o BES, considera que a resolução que foi feita não foi "um erro", defendendo que deveria ter sido nacionalizado temporariamente, como foi feito com o Lloyd’s, em Inglaterra. "Considero que a resolução do BES foi um erro descomunal".