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Berardo pede saída das câmaras e fotógrafos na audição da CGD para "proteger imagem"

O presidente da mesa, Luís Leite Ramos, disse que José Berardo pediu também para que a audição não fosse transmitida pelo canal do Parlamento. Um pedido que não foi respondido. 

Lusa
10 de Maio de 2019 às 15:12
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A audição a José Berardo obrigou a saída das câmaras e fotógrafos para "proteção da imagem". O pedido foi feito pelo comendador e acedido pelo presidente da mesa da comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD. Uma decisão que mereceu as críticas dos deputados. Luís Leite Ramos rejeitou, contudo, o pedido de Berardo de que a audição não fosse transmitida pelo canal do Parlamento. 

 

"O comendador José Berardo pediu, em defesa e proteção da imagem, que esta sessão fosse realizada sem a presença de fotógrafos e câmaras de televisão", afirmou o presidente da mesa quando questionado por Duarte Pacheco, deputado do PSD, sobre o porquê da saída dos fotógrafos e reporters de imagem. 

 

"Foi também pedido que esta transmissão não fosse feita pela ARTV (canal do Parlamento) ao qual não acedi", continua Luís Leite Ramos, explicando que a saída das câmaras e fotógrafos já tinha sido decidida antes mesmo de ter chegado o pedido de Berardo. 

 

Perante esta explicação, Duarte Pacheco afirmou que os cidadãos "têm direito" a assistir a esta audição e que esta prática está a "silenciar os deputados". 

 

"Não é uma prática nova. Já foi adotada noutras comissões de inquérito. Mas não é uma novidade ou inovação", explicou Luís Leite Ramos. "Sendo esta uma audição que se reveste de condições especiais já tinhamos falado com os jornalistas para que obtivessem imagens no início da sessão. Niguém foi silenciado". 

 

José Berardo está esta sexta-feira a ser ouvido pelos deputados na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD.  

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