"Não é preciso nenhum aumento de capital na Polónia. O banco é resistente", garantiu Nuno Amado na conferência de imprensa de apresentação dos resultados referentes aos primeiros nove meses do ano.

"As nossas análises mostram que o banco está suficientemente capitalizado para absorver este impacto", sublinhou. O banqueiro acredita que no caso da conversão das hipotecas haverá "alguma componente de negociação com a banca que permitirá um acordo proporcional e razoável". Já no caso do novo imposto, Amado "espera que haja bom-senso".

Em Março último, o BCP reduziu a sua participação no Millennium polaco de 65,5% para 50,1%. A redução da posição accionista não será compensada pelo aumento dos resultados do banco polaco, uma vez que, nos primeiros nove meses do ano, os lucros da instituição se mantiveram praticamente iguais, totalizando 493,5 milhões de zlotys (115 milhões de euros), devido à redução da margem financeira e das comissões.

O novo Governo polaco prepara medidas que vão penalizar o sector financeiro, como um novo imposto sobre os activos bancários e um modelo de conversão das hipotecas em francos suíços que terá custos para a banca.