Notícia
Nuno Amado: "Não é boa ideia ser o fundo de resolução a capitalizar o Novo Banco"
O BCP é contra a ideia de colocar o fundo de resolução a capitalizar o novo banco, avisou Nuno Amado.
"Não creio que seja boa ideia ser o fundo de resolução a capitalizar o novo banco", defendeu o presidente do BCP. "O banco precisa de um processo de reestruturação para ser mais leve como os outros bancos fizeram. É o único caminho possível", defendeu Nuno Amado.
Sobre a contratação de Sérgio Monteiro para vender o Novo Banco, Amado diz ser "alguém qualificado para a função", já que "tem conhecimento de banca.
O ex-secretário de Estado iniciou funções esta segunda-feira, 2 de Novembro. "Tendo em consideração a complexidade e os desafios associados ao processo da venda do Novo Banco, foi identificada a necessidade de encontrar um responsável de reconhecido mérito e elevada experiência em operações desta natureza que pudesse assegurar a coordenação e gestão de toda a operação, incluindo o acompanhamento do programa de transformação a implementar pelo Novo Banco, que é condição essencial para a sua venda", assinalava o comunicado emitido pelo Banco de Portugal na passada quinta-feira.
Segundo o site oficial, a comissão directiva do Fundo de Resolução é composta por José Berberan Ramalho, presidente, designado pelo Banco de Portugal, Elsa Roncon Santos, da Direcção-Geral de Tesouro e Finanças e designada por quem tiver a tutela do Ministério das Finanças, e ainda José Bracinha Vieira, designado por acordo entre o regulador e o ministro. O Banco de Portugal assegura os serviços técnicos e administrativos a cargo do Fundo de Resolução.
O até aqui governante vai liderar o dossiê mais mediático e complexo, como tinha sido adiantado pelo Público e depois confirmado por outros jornais, incluindo o Negócios: a venda do Novo Banco. Já houve um concurso internacional, organizado pelo BNP Paribas, iniciado em Dezembro de 2014 e cancelado em Setembro de 2015, quando o Banco de Portugal considerou que nenhuma das três propostas finalistas era satisfatória. Não se conhecem ainda os moldes de uma alienação futura.
(Notícia actualizada às 19h27)